Contagem regressiva – O retorno de Hugo Chávez a Cuba, no domingo (9), em razão de nova cirurgia para a retirada de novos tumores, confirma a última matéria do ucho.info sobre a saúde do presidente venezuelano. Ninguém que sofre de câncer se submete a tratamento em câmara hiperbárica para fortalecimento da musculatura, como anunciado pelo próprio Chávez. Essa foi a desculpa lapidada no Palácio Miraflores para justificar sua ida a Havana para nova bateria de exames.
Esse tipo de tratamento (câmara hiperbárica) se aplica em diversos casos, mas em especial quando o paciente está com o sistema imunológico em colapso, sendo que a inalação de oxigênio 100% puro ajuda no combate a infecções e melhora a aparência do doente.
Na nova cirurgia, a quarta em pouco mais de um ano, servirá para a retirada de tumores que podem pressionar a medula óssea e provocar problemas neurológicos no utópico Chávez. O que confirma que ocorreu não apenas uma recidiva do tumor, mas metástase. Até hoje nunca se soube a origem do câncer que pode tirar Hugo Chávez da política, assunto que ele comenta somente com pessoas muito próximas.
Para não ser vítima de um golpe ou até mesmo perder a recente eleição presidencial, Hugo Chávez escondeu a verdade do povo venezuelano. Tanto é assim, que a oferta do governo brasileiro para que ele se tratasse em São Paulo, no Hospital Sírio-Libanês, foi rechaçada por causa da possibilidade de vazamento de informações sobre seu real estado de saúde.
Chávez, que voltou de Cuba depois de nove dias sem qualquer notícia a seu respeito, afirmou que o vice Nicolás Maduro é seu sucessor. A declaração resultou da eventual piora de Chávez, que pode inclusive não terminar o atual mandato.
“Se, como diz a Constituição, ocorrer algo que me inabilite para continuar no comando da Presidência, seja para terminar os poucos dias restantes e, especialmente, para levar o novo período, (…) Nicolás Maduro deve concluir o período (presidencial)”, declarou Hugo Chávez em cadeia nacional de rádio e televisão.
Chávez pediu ao povo venezuelano que eleja Nicolás Maduro à presidência caso ele não consiga assumir o novo mandato, em 10 de janeiro, o que obriga a convocação de nova eleição.
“Minha opinião firme, plena como a lua cheia, irrevogável absoluta, total, é que nesse cenário que obrigaria a convocação de eleições presidenciais vocês o elejam como presidente”, declarou o tiranete.
A indicação de Nicolás Maduro para a vice-presidência, depois de seis anos como chanceler, foi um sinal claro de que a saúde de Chávez cambaleava, confirmando as informações negadas pela assessoria presidencial. A indicação se deu depois da reeleição de Hugo Chávez, que tinha como vice Elias Jaua. Essa decisão sinalizou à época que Maduro seria o herdeiro do legado do líder da Revolução Bolivariana em uma eventualidade.
