Dilma ignora o caos da economia nacional e diz, em Paris, que o Brasil fez sua parte na crise

Papo furado – Durante sua participação no “Fórum pelo Progresso Social”, em Paris, a presidente Dilma Rousseff, que herdou do antecessor um vasto lote de pílulas de messianismo, disse que o Brasil fez a sua parte na crise econômica que chacoalha muitas economias ao redor do planeta.

Os brasileiros de bom tutano, que não se deixam levar pelos discursos embusteiros do governo, sabem muito bem que Dilma se esforçou demais para manter a economia brasileira em ritmo acelerado, contando com a imprescindível ajuda do ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda.

Depois das promessas de Mantega de que a economia verde-loura cresceria 4% em 2012, o PIB deste ano deve no máximo alcançar a vergonhosa marca de 1,2%, como muito esforço e orações de sobra. O empenho de Dilma e sua equipe foi tão descomunal, que o PIB brasileiro, entre os países sul-americanos, superará apenas o do Paraguai, que terá encolhimento de 1,8%.

Para complicar a situação, Mantega decidiu, há dias, liberar as travas que dificultavam a entrada de dólar no País. Sendo assim, na esteira da genialidade do ministro da Fazenda, o real ficará valorizado diante da moeda norte-americana, prejudicando os exportadores. Fora isso, o incremento na importação de produtos, facilitado pelo dólar desvalorizado, comprometerá ainda mais a difícil situação da indústria brasileira. Com isso, o consumo aumentará, provocando alta da inflação diante de uma Selic fixada em 7,25% ao ano.

Diferentemente do que afirma Guido Mantega sobre a economia nacional, o presidente do Banco Central, Alexnadre Tombini, disse na terça-feira (11), no Senado Federal, que a retomada do crescimento será mais lenta do que o previsto. Ademais, a geração de empregos no Brasil está na seara das incertezas, pois o País continua sofrendo com a falta de mão de obra qualificada, que também tem vindo de fora.

Dilma Rousseff só não contou aos europeus que, a exemplo de Lula, continua empurrando a população ao endividamento recorde, como forma de aumentar o consumo e salvar a economia nacional. Contundo, em um país onde dois terços da população ganham mensalmente menos de dois salários mínimos, o plano do governo é um atentado contra as mais rasas teorias econômicas.