Advogados de condenados no Mensalão do PT querem antecipar decisão sobre prisão preventiva

Sol quadrado – Como antecipou o ucho.info, os condenados no processo do Mensalão do PT e seus respectivos advogados estão tensos e preocupados com a possibilidade o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, decida sobre o pedido de prisão preventiva seja julgado na sessão de quarta-feira (19) da Corte.

Advogado do deputado mensaleiro João Paulo Cunha (PT-SP), Alberto Toron protocolou no início da tarde desta terça-feira (18) petição com esse objetivo. “Matéria de tanta relevância pode e deve ser objeto de deliberação pelo plenário”, alegou Toron no documento.

O mesmo deve fazer o advogado e ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que defende o agora condenado José Roberto Salgado. “Isso foi pedido no começo do julgamento pelo procurador-geral da República, é uma decisão muito importante para ser tomada no recesso”, declarou o advogado à jornalista Sonia Racy, do Estadão.

Como o pedido deverá ser feito de maneira formal e por escrito pelo procurador-geral da República, que pediu tempo para elaborar o documento, a decisão durante o recesso do Judiciário, se positiva, será monocrática e tomada por Joaquim Barbosa, em caráter liminar. No momento em que o Supremo retomar os trabalhos, em fevereiro, o assunto será submetido à decisão do plenário da Corte.

A preocupação dos advogados e dos condenados se explica, pois o pedido de Gurgel pode acontecer a qualquer momento e Barbosa decidir pela prisão preventiva dos condenados ainda no período de festas, o que obrigaria muitos deles a passarem o mês de janeiro encarcerado.