Dilma e Tarso Genro devem combinar discurso para os apagões elétricos que valha de norte a sul

Lampião em punho – O PT precisa optar por um discurso uníssono quando o assunto for apagão de energia, pois do jeito que está os companheiros que estão nos Executivos federal e estaduais ficam rendidos.

Em novembro de 2009, como já noticiamos, Dilma Rousseff garantiu que o Brasil não mais enfrentaria apagões e que o ocorrido à época fora um blecaute. Em outras palavras, Dilma tentou explicar que seis não é meia dúzia.

Com cinco apagões – ou blecaute, como quer a dona do poder – desde setembro, Dilma já não dá satisfação ao povo brasileiro. Limita-se a mandar alguém dizer que a culpa é do raio. Fora isso, insiste na tese de que as tarifas de energia elétrica serão reduzidas. Ora, se no preço atual a manutenção do sistema de transmissão de energia é falha, imagine o que acontecerá se o governo receber menos do que recebe atualmente.

No Rio Grande do Sul, um dos mais belos e importantes estados brasileiros, que por azar está sob o comando do peremptório Tarso Genro, a culpa pelos apagões locais é dos consumidores, que não avisam a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) quando compram um eletrodoméstico novo. Ou seja, Lula mandou o povo sair loucamente às compras, mas o companheiro Tarso Genro acha que os gaúchos compram demais.

Enquanto várias cidades gaúchas ficavam às escuras, inclusiva a região metropolitana de Porto Alegre, Tarso Genro viajou a Paris para adular o enrolado e corrupto Lula e a presidente Dilma Rousseff, que por lá, na terra da outrora Bastilha, acionaram o besteirol oficial.

Por um lado a viagem de Tarso Genro a Paris teve alguma utilidade, uma vez que a capital francesa é conhecida mundialmente como Cidade-Luz e pode ter servido de fonte de inspiração para o governador petista criar novas e esfarrapadas desculpas. Afinal, aos comerciantes que perderam mercadorias, aos cidadãos que perderam alimentos e aos doentes que perderam medicamentos que necessitam de refrigeração, Genro deve explicação convincente e indenização imediata.

Como bom petista, Tarso é magnânimo e só reconhece herança maldita nos feitos dos adversários. Por causa dessa covardia política, Tarso Genro credita a responsabilidade pelos apagões aos antecessores, desde que a culpa se limite a Yeda Crusius e Germano Rigotto. Até porque, antes deles o Rio Grande do Sul foi governado pelo petista Olívio Dutra, que escolheu a companheira Dilma Rousseff para comandar a Secretaria de Minas e Energia.

A covardia de Tarso Genro é velha conhecida dos gaúchos e vem desde os tempos da ditadura militar, quando ele dizendo-se perseguido fugiu a pé para o Uruguai. Voltou a mando do pai e ficou sob a proteção dos militares amigos da família. Resumindo, comunista revolucionário de araque. Outra exibição de sua incontestável covardia aconteceu à época da deflagração da criminosa operação para desestabilizar a então governadora Yeda Crusius (PSDB), pois Tarso não sabe vencer uma eleição com propostas e persuasão.

Contudo, é vexatório um governador reconhecidamente incompetente posar como arauto da genialidade e querendo se esquivar da responsabilidade. Por sua incontestável importância no cenário nacional, o Rio Grande do Sul não merecia ter o petista Tarso Genro como inquilino do Palácio Piratini.