Autoridades venezuelanas insistem em estender a farsa sobre Hugo Chávez

Novela sem fim – É no mínimo obtuso o comportamento do núcleo duro do governo venezuelano e de familiares do ditador Hugo Chávez. Depois de inúmeras notícias contraditórias disparadas nos últimos dias, o ministro da Ciência e Tecnologia da Venezuela e genro de Chávez, Jorge Arreaza, comentou novamente, nesta quarta-feira (2), sobre o estado de saúde do presidente venezuelano. Em mensagem publicada no microblog que mantém no Twitter, Arreaza afirmou que “a equipe médica explica que a condição do presidente Chávez continua estável dentro de seu quadro delicado”.

É importante lembrar que esse discurso de encomenda de Jorge Arreaza faz parte do processo de produção da notícia sobre a morte do caudilho venezuelano, que só será divulgada no momento em que o Palácio Miraflroes e a esquerda internacional decidirem.

Para contrapor a tal estabilidade do quadro de Chávez, citada por Arreaza, o próprio ministro divulgou no Twitter que chegou à capital cubana o irmão mais velho do tiranete bolivariano, Adán Chávez. O genro de Chávez revelou em sua mensagem que Adán, que foi a Havana para acompanhar a equipe médica que cuida do irmão, já se reuniu com o vice-presidente Nicolás Maduro e a procuradora-geral da Venezuela, Cilia Flores.

Ao final da mensagem, o ministro de Ciência e Tecnologia pediu “constância e paciência” ao povo venezuelano. “O comandante Chávez continua batalhando duro e envia todo seu amor ao nosso povo. Constância e paciência!!!”, escreveu Jorge Arreaza.

Faz-se necessário esclarecer que nenhum paciente que é acometido por septicemia tem um quadro de saúde que possa ser considerado estável. Contudo, quem está em coma induzido há vários dias pode ser considerado como tal. Como afirmamos em matérias anteriores, a procuradora Cilia Flores não foi a Cuba por caridade ou para uma vista de cortesia a um enfermo. Como reza pela cartilha de Chávez, a procuradora lá está para cumprir ordens e dar amparo jurídico às decisões que estão sendo tomadas há dias.

Se as informações oficiais divulgadas até agora tivessem mínima dose de verdade, Nicolás Maduro, que prometeu retornar a Caracas nesta quarta-feira, não teria permanecido em Cuba. De igual modo, o irmão Adán Chávez não teria viajado a Havana para conversar com os médicos, o que no mundo moderno se faz por telefone, se é que eles não sabem. E todo ditador esquerdista sempre à disposição tem um telefone via satélite e criptografado.

O circo que foi armado em Cuba, com o apoio dos sanguinários irmãos-ditadores Castro, serve apenas para que o governo venezuelano se prepare para evitar uma guerra civil no país, os atuais donos do poder costurem acordos emergenciais que garantam a eleição de Nicolás Maduro. Fora isso, essa ópera bufa que está sendo encenada em Havana serve para que Raúl e Fidel Castro acertem com seus parceiros de utopia comunista como se dará no futuro o fluxo dos petrodólares venezuelano à ilha caribenha.

Não por acaso, como noticiamos na tarde desta quarta-feira, com informações recebidas de Havana, de um ex-agente da CIA e de membros do serviço secreto de alguns países, inclusive da Europa e do Oriente Médio, o governo cubano convocou uma reunião de emergência com a presença do russo Vladimir Putin e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad, conhecidos apoiadores de Chávez.

Aguardemos, pois, já que o único que opera milagres, Deus, também condena a mentira e a farsa.