Olho grande – Presidente da Argentina, Cristina Kirchner convidou o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, para retomar as discussões sobre o controle das Ilhas Malvinas. Com o nome oficial Falkland, o arquipélago atualmente está sob domínio britânico, mas os argentinos reivindicam o direito de controle sobre a região. A disputa entre os dois países envolvendo o arquipélago dura quase dois séculos. Em carta enviada a Cameron e ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, Kirchner cobra o diálogo.
A carta foi publicada em vários jornais britânicos e reproduzida na agência pública de notícias da Argentina, a Telam. “Há 180 anos, em um exercício aparente de colonialismo do século 19, a Argentina foi alvo de armas que levaram à retirada das Ilhas Malvinas, situada a 14 mil quilômetros de Londres [capital do Reino Unido]”, destaca o texto.
Na sequência, a carta da inquilina da Casa Rosada acrescenta que “os argentinos foram expulsos das ilhas pela Marinha Real Britânica e mais tarde, o Reino Unido iniciou um processo de implantação de população semelhante ao usado em outros territórios sob o domínio colonial”.
No documento, Cristina Kirchner afirma que o Reino Unido, classificado como “potência colonial”, tem se recusado a devolver esses territórios à Argentina, privando-a de “reconstituir sua integridade territorial”. “[As Ilhas] Malvinas também são uma causa da América Latina e da grande maioria dos povos e governos do mundo que rejeitam o colonialismo”.
Nas reuniões do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a questão referente ao controle das Ilhas Malvinas é assunto constante. O Brasil e a maioria dos países latino-americanos apoiam a Argentina na reivindicação pelo controle das ilhas.
Herdeira política do marido, Néstor Kirchner, a atual presidente da Argentina não tem conseguido evitar o colapso da economia local, que vem sendo dragada pela aceleração da inflação e o fechamento de inúmeros estabelecimentos comerciais e fabris.
Para camuflar seu fracasso, Cristina Kirchner adotou o discurso populista e ultrapassado do mentor e financiador Hugo Chávez, encampando a ideia obtusa enfrentar os veículos de comunicação argentinos, como se na democracia a imprensa tivesse a obrigação de esconder a verdade dos fatos.
Antes de reivindicar as Ilhas Falkland, cujo eventual domínio sobre o território oceânico só trará despesas extras ao país, Cristina Kirchner deveria olhar para o mar de incompetência em que se transformou a sua gestão. Essa briga pelo arquipélago é a estratégia rasteira adotada pela presidente argentina paras anestesiar a opinião pública diante da grave crise econômica. (Da redação do ucho.info com informações da Agência Brasil)