Vela na mão – O anunciado desconto nas contas de energia elétrica já virou pó. O que não significa que a pirotécnica medida adotada pelo governo seria capaz de resolver o problema do pífio crescimento da economia. Sempre embalada por doses de soberba, possivelmente deixada pelo antecessor no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Vana Rousseff transformou o anúncio no grande feito de seu governo em 2012.
Usando da bazófia para falar dos apagões e garantindo que o País não passaria por racionamento de energia, Dilma está prestes a ver a sua profecia sofrer um enorme curto-circuito. Isso porque os reservatórios das usinas geradoras de energia estão com os mesmos níveis de água de 2001, quando ocorreu a crise do apagão. Isso se deve à falta de chuva em muitas regiões, o que deve obrigar o governo a manter as usinas termoelétricas funcionando.
Pois bem, se energia não faltar, por certo a conta de luz terá valores mais altos, pois o acionamento das termoelétricas custa muito ao consumidor. Mesmo que o governo decida subsidiar essa diferença para manter o discurso presidencial e não comprometer o projeto de reeleição de Dilma, a conta como sempre será do contribuinte, que deixará de ter a contrapartida dos impostos que paga por causa da incompetência de um governo que foi tomado por uma letargia já esperada.
Enquanto a presidente é desmentida seguidamente por técnicos do setor elétrico, integrantes do governo simplesmente cruzam os braços, pois foram incapazes durante uma década de autorizar a instalação de usinas de energia eólica e solar, que no momento de crise ajudariam sobremaneira.
Acontece que o PT é um grupo de incompetentes que desconhecem o mais ínfimo significado da palavra planejamento, mas compreendem com profundeza o da palavra corrupção. Mesmo assim, alguns membros do partido exigem respeito. Enfim, como disse certa vez o filósofo Lula, um conhecido comunista de boteco de porta de fábrica, “nunca antes na história deste país”.