Inflação de 2012 para famílias de baixa renda foi de 6,9%, o que torna mais vergonhoso o novo mínimo

Óleo de peroba concentrado – O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou o ano de 2012 em 6,9%, informou nesta sexta-feira (11) a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é superior à média da inflação para todas as faixas de renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que ficou em 5,74%.

A inflação medida pelo IPC-C1 também foi maior do que a observada em 2011 (5,98%). Os principais impactos para a inflação de 6,9% de 2012 vieram dos alimentos, que tiveram alta de 10,13%, e das despesas diversas, que registraram aumento de preços de 12,87%.

As demais classes de despesas tiveram as seguintes taxas: educação, leitura e recreação (7,16%), transportes (6,04%), saúde e cuidados pessoais (6,02%), habitação (4,96%) e vestuário (3,75%). Em dezembro, o IPC-C1 registrou inflação de 0,76%.

Durante a era Lula, o slogan do governo era “Brasil, um país de todos”. Já no governo Dilma Rousseff, o slogan é “País rico é país sem pobreza”. Agregados os significados de ambas as frases, mesmo que populistas, chega-se à conclusão que no salário mínimo o governo do PT não consegue honrar nem ao menos os slogans que escolhe. O salário mínimo que já está em vigor, que para o PT é uma enorme fortuna, vale R$ 678.

O governo da presidente Dilma Rousseff anunciou que o aumento do salário mínimo foi de 9%, mas como já provou o ucho.info em matéria anterior, foi de apenas 3,16%, pois a diferença foi para compensar a inflação. Traduzindo em números, o salário mínimo teve aumento real de 3,19%. Considerada a informação que para as classes mais pobres a inflação foi de 6,9%, comi divulgou a FGV, o aumento real do salário cai para 2,1%, o que é uma piada de péssimo gosto por parte do governo do Partido dos Trabalhadores.

A situação torna-se ainda mais vexatória quando tomamos por referência o salário mínimo ideal, sugerido pelo Dieese, que em outubro passado passava de R$ 2,617,33, o que corresponde a 3,86 vezes o mínimo atual. O aumento real do salário mínimo é tão vergonhoso, que o trabalhador conseguirá comprar com esse dinheiro no máximo um pãozinho por dia. Mesmo assim, o Palácio do Planalto insiste em afirmar que aumentou o poder de compra do salário mínimo.