A gafe de Lionel Messi e a fidelidade na propaganda

Pisou na bola – Há alguns dias, o jogador Lionel Messi, eleito pela FIFA pela quarta vez o melhor jogador do mundo, almoçava tranquilamente com a sua esposa quando foi abordado por um grupo de brasileiros. Fãs do argentino e torcedores do Vitória, eles deram uma camisa do clube baiano para o craque. Para registrar o momento, os brasileiros fizeram vídeos e fotos.

Tudo normal, não fosse o refrigerante que estava na mesa do jogador, uma lata de Coca-Cola, principal concorrente da Pepsi, uma das principais marcas que patrocinam o argentino. Embora a empresa ainda não tenha se manifestado a respeito, especula-se a possibilidade de que o jogador perca seu contrato milionário com a marca.

Esta não é a primeira vez que um astro do futebol é flagrado cometendo uma gafe do tipo. Quando foi apresentado ao Atlético Mineiro, Ronaldinho Gaúcho apareceu junto à marca de refrigerantes Pepsi, maior concorrente da Coca-Cola, que até então era uma das que bancavam o atleta com um gordo contrato de $ 1,5 milhão. Na prática, Ronaldinho fez a mesma coisa que Messi, mas com as marcas invertidas e em numa coletiva de imprensa, portanto um evento público. Logo após o episódio, a Coca rompeu o contrato com o jogador.

Aconteceu algo parecido também com Neymar, que é um dos maiores fenômenos publicitários do momento. Contratado pela desenvolvedora japonesa Konami para divulgar o game Pro Evolution Soccer, o jogador Neymar fez publicidade espontânea do principal concorrente do PES, o game FIFA, da rival Eletronic Arts, em 2011. Em seu perfil no Instagram, o jogador santista publicou uma imagem em que aparece jogando o game FIFA.

Fidelidade não é muito a praia de alguns garotos-propaganda. Quem não se recorda do caso Zeca pagodinho e a guerra das cervejas em 2004? O cantor primeiro participou de uma grande campanha para alavancar a marca Nova Schin. Alguns meses depois voltou a estrelar uma campanha da concorrente Brahma ironizando a primeira marca “Fui provar outro sabor, eu sei. Mas não largo meu amor, voltei”. O vídeo desencadeou uma sequência de anúncios, uma verdadeira guerra declarada entre as marcas. (Do AdNews)