Ajuda bilionária do governo federal às prefeituras é o primeiro ato da campanha pela reeleição de Dilma

Tudo pelo poder – A inoperância do governo federal obrigou os palacianos a inverterem a mão e chamar os prefeitos de todas as cidades brasileiras para o encontro que acontece em Brasília. No evento, em jogo está não a solução para muitas cidades do País, mas a reeleição de Dilma Rousseff, que passados dois anos ainda conseguiu mostrar a que veio.

Essa tese de começar a colher votos na menor parte do todo – cada município é uma entre muitas peças de um quebra-cabeça político-eleitoral – é velha conhecida. Um de seus precursores foi o ex-governador Orestes Quércia, que ainda nos anos 80 criou a chamada Frente Municipalista. E Dilma, bem orientada, não perdeu tempo.

A candidatura de Dilma pela reeleição foi lançada e a campanha, que já está na rua, será financiada por todos os brasileiros, sejam eles simpatizantes da petista ou não. Quando o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) – companheiro de armas da presidente nos tempos da ditadura – disse aos prefeitos reunidos em Brasília que ninguém é eleito para pagar dívida, foi oficializada a campanha petista.

Como a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote de bondades de R$ 66,8 bilhões para beneficiar prefeituras e prefeitos, esse será o custo inicial de sua campanha. Muitas das prefeituras brasileiras estão quebradas porque o governo do messiânico Luiz Inácio da Silva resolveu fazer cortesia com o chapéu alheio. Ao reduzir o IPI de produtos de vários setores da economia, como forma de impulsionar a economia, o governo federal interferiu no Fundo de Participação dos Municípios e no Fundo de Participação dos Estados, que proporcionalmente receberão valores menores a que têm direito no Imposto sobre Produtos Industrializados.

Milhares de municípios em todo o País dependem desse repasse financeiro e não pode sequer dispensar um centavo. Com a redução do IPI, muitos prefeitos desrespeitaram a Lei de Responsabilidade Fiscal e podem em breve se tornar inelegíveis. Basta os órgãos competentes terem tempo para analisar as contas das administrações que terminaram em 31 de dezembro passado.

Quando o ucho.info afirma com insistência que o governo do PT padece de falta de competência e que seus integrantes desconhecem a mais simplista das definições da palavra “planejamento”, a esquerda torcem o nariz e parte para o ataque covarde e vil. Contra fatos não há argumentos, assim como não quem consiga explicar o inexplicável.

O que Dilma anuncia neste momento com estardalhaço é a devolução de uma parte daquilo que as prefeituras tinham direito a receber, mas não viram a cor do dinheiro porque a incompetência palaciana falou mais alto na última década, sem contar os intermináveis casos de corrupção, sobre os quais Lula prefere não comentar para evitar novos nós em um novelo imundo e enrolado demais.

Certo estava Lula, um comunista de boteco de porta de fábrica, quando disse “nunca antes na história deste país”.