Inflação leva Dilma a pensar em desoneração da cesta básica, mas material escolar continua na fila

Sinuca de bico – Com a inflação fora de controle e o pífio salário mínimo ainda mais corroído pela incompetência do governo, a presidente Dilma Rousseff já pensa em desonerar integralmente os itens que compõem a cesta básica de alimentos, como forma de compensar a herança maldita deixada pelo antecessor, o messiânico Lula.

Eliminar a carga tributária que incide sobre determinados alimentos ajuda, mas não resolve. É preciso recuperar a economia, que na última década foi alimentada com pirotecnia discursiva e soberba desmedida. Essa é uma medida pontual que, se implementada, resolve uma pequena parte do problema, mas é preciso não apenas focar no focar no presente, mas garantir o futuro.

O futuro de uma nação se garante por meio da educação, assunto que o governo trata de forma maquiada e com um punhado de siglas que servem para confundir. De nada adianta garantir acesso à universidade se a educação básica é de péssima qualidade.

Nesse quesito, o governo precisa adotar medidas de longo prazo, investindo 10% do orçamento no setor e abrindo mão de impostos que encarecem o ensino. Se a obsessão momentânea da presidente Dilma é olhar para medidas que beneficiem o cidadão, que elimine a cobrança de IPI, PIS e Confins sobre materiais escolares.

Aprovado no Senado Federal, o projeto de lei que trata do assunto foi ideia do editor do ucho.info e agora tramita na Câmara dos Deputados, que como qualquer casa parlamentar adota velocidade baixa na solução dos problemas que atrapalham o desenvolvimento do País.

Apenas a título de informação, a carga tributária que incide em uma simples caneta esferográfica, dessas que o dono da padaria coloca atrás da orelha, é de 47%. Ao abrir mão desses impostos, o governo não terá perda significativa de arrecadação, mas estará fazendo um investimento no futuro. A grande questão é fazer esses gênios palacianos enxergarem o óbvio.