Assim é a infraestrutura da cidade que serviu como trampolim político para um incompetente que atende pelo nome de Gilberto Kassab, que à custa do dinheiro do contribuinte passou boa da sua administração se dedicando à criação de um novo partido, quando deveria estar à frente da prefeitura e coordenando a solução de um sem fim de problemas. Tão incompetente quanto arrogante, Kassab deixou a prefeitura paulistana no final de 2012 com uma das piores avaliações de todos os tempos. Truculento no trato e revanchista nos bastidores, Gilberto Kassab jamais aceitou críticas, pois não tem a humildade necessária para reconhecer a própria incapacidade.
Causa indignação e perplexidade a decisão de um governo que sofre de paralisia irreversível, como o de Dilma Rousseff, de se preocupar em arrumar vagas na Esplanada dos Ministérios para abrigar os parceiros políticos de Kassab. Jamais a cidade de São Paulo foi tão mal tratada como na gestão de alguém que caminha sobre o salto alto da soberba. O caos que domina a capital dos paulistas pouco importa a Gilberto Kassab, que está no focado em avançar com o seu projeto político.
Quando afirmamos pela primeira vez, em 31 de outubro de 2007, que o Brasil não tinha condições – como ainda não tem – de sediar um evento da magnitude da Copa do Mundo, autoridades de todos os naipes nos dedicaram críticas das mais variadas. Lula, o messiânico, disse que torcíamos contra o Brasil. Os ufanistas do povo, embriagados com as mentirosas promessas oficiais, acusaram-nos de derrotistas.
Gilberto Kassab, um irresponsável com todas as nuances, embarcou na folia e concedeu isenção fiscal no valor de R$ 420 milhões para a construção do estádio do Corinthians, como se a cidade não tivesse problemas e prioridades. Abriu mão de uma quantia vultosa sem consultar a população, que sofre com as mazelas ignoradas pelo poder público. Fosse a Copa do Mundo uma competição de remo ou um desfile de gôndolas, a cidade estaria pronta com antecipação.
Em qualquer país minimamente sério, com autoridades gozando de rasas doses de responsabilidade, Gilberto Kassab estaria com todos os bens indisponíveis e já era réu em ação coletiva de indenização material e moral. Fernando Haddad, o petista que assumiu o comando da cidade porque Lula assim determinou, não pode falar em herança maldita, pois Kassab está se bandeando para o lado do PT e na eleição municipal fez um covarde jogo duplo.