Vaticano usa detalhes pífios sobre futuro de Joseph Ratzinger para esconder crimes

Camuflando a lama – Para camuflar a verdadeira razão que levou o alemão Joseph Ratzinger a renunciar ao comando da Igreja Católica, o Vaticano acionou sua máquina de factóides. Enquanto a ação criminosa que domina os intramuros da Praça São Pedro avança sem obstáculos, assessores do papa Bento XVI mostram-se preocupados com detalhes pequenos e que em nada mudam o status quo que Ratzinger denunciou em sua comedida fala e, principalmente, no vazamento combinado de documentos secretos que revelam a ilegalidade que emoldura a Santa Sé.

Os detalhes que têm ocupado o staff da Igreja Católica são tão pífios, que o fato seria um chiste se não fosse verdadeiro. Os clérigos do entourage papal discutem qual será o nome pelo qual Joseph Ratiznger será chamado, se o anel de pescador, a que todo papa tem direito, será destruído como de costume, e qual será a cor da veste do alemão renunciou ao pontificado. O mais certo nessa emblemática discussão seria presentear alguns dos frequentadores do Vaticano com uma fantasia dos Irmãos Metralha, com direito a algema e bola de ferro no pé.

Não se trata de colocar em xeque os ensinamentos do Catolicismo e de Jesus Cristo, que jamais pregou o banditismo, mas de condenar uma prática ilegal e continuada que já dura décadas e que acontece sob o mando de um grupelho de criminosos que usam a batina como álibi.

Como a Santa Sé é um Estado de fato e de direito, os crimes cometidos em sua circunscrição, com a anuência e conivência de muitos dos seus representantes, tendem a seguir o caminho do esquecimento. No máximo serão levados aos tribunais delinquentes não clérigos que participaram dos crimes. É o caso do escândalo do Banco Ambrosiano, já detalhado à exaustão por este site, que teve o principal operador, arcebispo Paul Marcinkus, presenteado com a impunidade.

O mais estranho nessa existência dúbia e dual da Santa Sé é que no Vaticano tudo é permitido, crimes inclusive, mas vencidas as fronteiras da Praça São Pedro, a única que flutua sobre um mar de lama, tudo é pecado.

Se verdadeira é a afirmação de que o inferno existe, a Santa Sé deve se apressar e tornar-se sócia remida do SPA luciferiano, pois do contrário o custo de manutenção dos títulos provocará mais um rombo no caixa do Banco do Vaticano.

Clique e confira a longeva e criminosa trama que levou Bento XVI à renúncia.