Bagunça vermelha – Certa vez, sem que até hoje conheça-se os motivos, alguém creditou a Charles de Gaulle a frase “O Brasil não é um país sério”. Se a frase, precisa e lapidar, é mesmo do general que presidiu a França não se sabe, mas esta deveria ser exibida no setor de desembarque de todos os aeroportos internacionais do País, para que os turistas não se assustem com a barafunda em se transformou essa louca terra de Macunaíma.
No momento em que o Brasil está órfão de moralidade, seriedade e competência, surge algum tresloucado para jogar na ribanceira qualquer esforço para se colocar o País na trilha da lógica.
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador petista José Américo parece não ter opinião própria e considera o Legislativo da quarta maior cidade do planeta um daqueles famosos puxadinhos de fundo de quintal. Há dias, José Américo decidiu revogar a norma que proibia a entrada na Câmara paulistana de pessoas com bermuda, short e chinelo. Quando uma Casa legislativa não se dá o respeito, não há como esperar qualquer resultado positivo por parte dos vereadores, exceto a defesa dos próprios interesses, como acontece de Norte a Sul.
José Américo mudou de ideia convencido pelo padre Júlio Lancelotti (o mesmo que se envolveu em um escândalo de pedofilia e conseguiu transformar a vítima em réu), que alegou que a medida era discriminatória e impedia a entrada dos moradores de rua, que usam os banheiros da Câmara Municipal para tomar banho.
Coordenador da Pastoral do Povo de Rua, Júlio Lancelotti poderia aproveitar sua intimidade com o Partido dos Trabalhadores e conversar com o prefeito Fernando Haddad e encontrar uma solução para não transformar o Legislativo da capital paulista em vestiário dos marginalizados por dois governos: o que alardeava que o Brasil é o país de todos e o que afirma que país rico é país sem pobreza.
Ora, se o PT tem soluções milagrosas para todas as questões e o fugitivo Luiz Inácio da Silva, que dá ordens na prefeitura de São Paulo, é a derradeira salvação do planeta, que ambos, o partido e o ex-presidente, cedam os banheiros do Instituto Lula aos moradores de rua. Do contrário, Haddad é capaz de chegar para trabalhar e encontrar em seu gabinete um morador de rua com os pés sobre a escrivaninha.
Não há qualquer razão para acreditar que um país como o Brasil, sob o manto das barbaridades da esquerda, consiga se transformar, daqui a alguns séculos, em um país minimamente sério e responsável.
Esse populismo barato adotado do PT, que é um tapa na cara da sociedade, mostra não apenas o baixo nível da classe política brasileira, mas o caminho que nos levará a uma ditadura comunista. Reagir é possível e ainda há tempo para isso. Basta querer.