Governo concede desoneração à banda larga, mas não corta impostos de materiais escolares

Inversão de etapas – Definitivamente é perda de tempo esperar que em algum momento os petistas saibam o significado da palavra planejamento. Por questões político-eleitorais e outras que é melhor não descer aos detalhes, o governo federal confirmou na segunda-feira (18) uma renúncia fiscal de R$ 3,8 bilhões até 2016, que pode chegar facilmente aos R$ 6 bilhões, para que as empresas de telefonia expandam os investimentos em internet banda larga.

Essa medida faz parte do programa Brasil Maior, mais um dos tantos ufanismos aspergidos pelo governo do PT a partir do Palácio do Planalto, cujos atuais inquilinos não conseguem perceber onde o País é menor. Estar conectado à rede mundial de computadores é importante, assim como também bem é uma conexão de alta velocidade, mas é preciso saber o que esse projeto, que não sairá de graça para as empresas do setor, melhorará a vida do cidadão como um todo.

O governo, que teima em fazer a lição de casa do fim para o começo, não se preocupa em quem estará diante de um computador conectado à rede por meio de banda larga. Serão milhões de brasileiros despreparados em termos de conhecimento, pois a educação no Brasil, pública ou privada, é de péssima qualidade. E os que se destacam são usados em campanhas publicitárias e anúncios oficiais para camuflar uma verdade preocupante. O grau de conhecimento das novas gerações, que em breve estarão decidindo pelo País, se é que a ditadura permitirá esse cenário.

Há quase dez anos o ucho.info sugeriu a senadores a criação de um projeto de lei que isenta da cobrança de IPI, PIS e Cofins os materiais escolares, porque é preciso desonerar a primeira etapa de uma cadeira e investir, mesmo que indiretamente, na educação dos cidadãos. Apenas para que o leitor entenda a nossa preocupação, a carga tributária que incide em uma simples caneta esferográfica é de absurdos 47%. Depois de muita luta o projeto foi aprovado no Senado Federal, mas agora dormita na Câmara dos Deputados.

É inaceitável que as autoridades palacianas não consigam enxergar o óbvio, que não exige nenhum esforço descomunal do raciocínio. É sabido pela extensa maioria que uma sociedade desinformada e mal formada é o caminho livre que todo ditador sonha em encontrar pela frente, mas da forma que o governo age é o que se chama de trocar os pés pelas mãos. Um dia esses gênios que frequentam o Palácio do Planalto ainda perceberão a importância da proposta que fizemos. Triste Brasil!