Suplicy não comparece ao Senado para ser o cicerone de luxo da cubana Yoani Sánchez no Brasil

Do nosso bolso – Não é novidade para os leitores do ucho.info o nosso posicionamento crítico e persistente em relação à forma com que deputados federais e senadores encaram o período de trabalho. Contrariando decisão tomada recentemente, os parlamentares não cumprem nem mesmo a carga horária combinada, que é trabalhar de terça a quinta-feira em período integral. Essa regra surgiu para minimizar as críticas que muitos políticos vinham recebendo por “enforcar” a segunda-feira.

Em duas reportagens desta semana, este site mostrou o quanto custa ao País um dia trabalhado de cada parlamentar: US$ 62,5 mil. Mesmo diante de tão exorbitante valor, que deveria causar constrangimento nos 513 deputados e 81 senadores, nas tardes das quintas-feiras o Congresso esvazia de forma impressionante. Sem contar os parlamentares que estão em missões oficiais e os que arrumam um evento qualquer para ficar longe de Brasília.

O petista Eduardo Suplicy, senador por São Paulo, não está entre os mais abusados, mas vez por outra se ausenta do parlamento para participar de algum evento. Foi o que fez Suplicy nesta semana para acompanhar a blogueira cubana Yoani Sánchez em suas andanças pelo Brasil. A vista de Yoani ao País é importante, principalmente porque valida o cipoal de críticas contra a ditadura dos irmãos Castro, mas é inadmissível que o senador petista faça o papel de cicerone da blogueira ao custo de US$ 200 mil por semana, dinheiro que sai do bolso do contribuinte.

O único dia da semana em que Suplicy compareceu ao Senado foi na quarta-feira (20), para acompanhar Yoani Sánchez em sua visita ao Congresso Nacional, ocasião em que fez um discurso defendendo a blogueira cubana e nada mais.

Para que os leitores compreendam a gravidade do assunto, a ausência de Suplicy no Senado nesses últimos três dias, termos financeiros, é quase o valor total dos prêmios que Yoani Sánchez tem para receber no exterior por sua atuação à frente do blog “Generación Y”. É preciso repensar esse tipo de participação em eventos, porque o brasileiro não acorda cedo para financiar devaneios ideológicos de quem quer que seja.