Ministro da Saúde cumpre ordens e diz que mortes em hospital de Curitiba são caso de polícia

Inventando a pólvora – Nada pode existir de pior do que oportunismo oficial e barato diante da tragédia alheia. Não bastasse ter atuado como marionete da presidente Dilma Rousseff no caso do incêndio da boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, agora pega carona no escândalo criminoso que teve o Hospital Evangélico, em Curitiba, como palco.

Padilha, que é um dos pré-candidatos do PT ao governo paulista, tem feito o que pode para estar na mídia. E para isso o ministro não tem poupado esforços, desde que consiga um espaço na imprensa com declarações estapafúrdias, sejam pela sandice, sejam pela obviedade.

Há dias, Alexandre Padilha disse que as vítimas do acidente de Santa Maria continuarão com atendimento psicológico. De tal modo, o ucho.info quer saber qual é a novidade para que o assunto reverberasse na imprensa. Médico, o ministro simplesmente falou o óbvio, que, diga-se de passagem, é uma obrigação do Estado escancarada na Constituição Federal. Mas é aquele velho dito popular sobre o cavalo, que quando passa encilhado o melhor é montar.

Nesta segunda-feira (25), o ministro da Saúde disse que as mortes de alguns pacientes que estavam internados na UTI do hospital curitibano, supostamente provocadas por uma médica que desligou os equipamentos de respiração mecânica, são caso de polícia.

A soberba que reina no Partido dos Trabalhadores e no Palácio do Planalto impede a visão de muitos políticos, que acabam devorados pela redundância burra e desnecessária. A polícia do Paraná há um ano investiga o caso e prendeu na última terça-feira (19) a médica Virgínia Soares e dois anestesistas acusados de participação no caso.

“O ministério vê como caso de polícia, não de saúde. Quando se tornou público, o ministério colocou um auditor do SUS para outras investigações que possam acontecer. Acreditamos na apuração que a polícia está realizando. Tem que ser punido veementemente qualquer responsável”, declarou o genial Alexandre Padilha.

O Ministro da Saúde precisa ser informado que no Brasil qualquer crime é caso de polícia. Desde desvio de dinheiro público até a morte de companheiros de legenda, passando por casos de corrupção e falta de medicamentos em hospitais. Antes de se preocupar em atender a um pedido do PT, que sonha em abocanhar o governo do Paraná em 2014, e fazer discursos de encomenda, Padilha deveria se dedicar ao esclarecimento do escândalo de desvio de dinheiro público e corrupção no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, no Rio de Janeiro, onde pessoas aguardam na fila há mais de dois anos por uma cirurgia.

Ademais, se o ministro descobriu apenas agora que assassinatos são casos de polícia, que pergunte aos seus companheiros de partido as razões que levaram Celso Daniel a ser morto de maneira covarde e brutal, com direito a empalação. Se ninguém entre a “companheirada” souber responder, ministro, não se avexe e entre em contato com o ucho.info. Com certeza lhe daremos uma verdadeira aula magna sobre o tema. Mas antes tome um vasodilatador, pois a verdade do caso é capaz de matar muita gente do coração.