Inflação: na terra dos “mercadores do pessimismo”, caldo de cana custa quatro vezes mais que o etanol

Fora da realidade – A realidade do cotidiano brasileiro é o mais eficiente antídoto para neutralizar a mitomania que escorre pela rampa do Palácio do Planalto. A aversão ao planejamento e a falta de visão de longo prazo dos petistas têm derrubado os falsos discursos que Lula e sua horda de seguidores balbuciam em todos os cantos do País, como se o partido fosse um amontoado de gênios, derradeiros salvadores do universo.

Com o abandono dos investimentos em infraestrutura e o incentivo ao consumismo, o Brasil mergulhou em um cenário que mais parece uma moenda do desenvolvimento, que na última década esmagou e extraiu todo caldo do equilíbrio de uma economia que custou muito a se recuperar.

Para que os leitores compreendam a extensão das mentiras disparadas pelos petistas que tentam colocar no Olimpo da competência os dez anos do partido no poder central, o ucho.info tem buscado exemplos simples do dia a dia para que a verdade fique cada vez mais exposta e cristalina.

Na maior cidade brasileira, São Paulo, o litro do etanol (álcool combustível) custa em média R$ 1,99 por litro. O produto subiu nas últimas semanas na esteira da majoração do preço da gasolina, medida necessária para minimizar a corrosão que avança no caixa da Petrobras. E o preço do etanol deve subir ainda mais porque índice de combustível verde adicionado à gasolina saltará em breve de 20% para 25%.

Enquanto o motorista paulistano paga quase R$ 2 por um litro de etanol, o ousado que desejar matar a sede com caldo de cana terá de desembolsar R$ 8 por litro. Sempre lembrando que o processo para a produção do etanol é muito mais caro e complexo, enquanto o comércio de caldo de cana é uma atividade quase informal, que requer baixíssimo investimento e não é tributada.

É verdade que há incentivos fiscais e tributários para o setor sucroalcooleiro, mas essa discrepância de preços mostra que a inflação no Brasil está muito acima do que anuncia o governo da presidente Dilma Rousseff, que agora chama de “mercadores do pessimismo” os brasileiros que enxergam a dura realidade do cotidiano e protestam contra a incompetência dos donos do poder.