Michel Temer usa horário político para destilar sandices e mostrar que a mitomania é a rainha do Planalto

Sem noção – Vice-presidente da República e principal integrante da cúpula do PMDB, Michel Temer foi o garoto-propaganda da propaganda política que o partido levou ao ar na terça-feira (5). Em rápida mensagem, Temer, repetindo as falácias de Dilma Rousseff, disse que o PMDB está empenhado na permanente mudança do Brasil.

De acordo com Michel Temer, o partido quer um País mais forte e justo, com o povo tendo identidade e dignidade. O vice-presidente da República parece não ler os jornais brasileiros ou, assim como Dilma e o messiânico Lula, mora em outro país.

Não se pode falar em país forte com a economia em crise, na corda bamba e sendo corroída diuturnamente pela inflação. Igualmente não se pode falar em justeza em um país onde a carga tributária é covarde em todos os níveis e penaliza o cidadão mais pobre. Também não se pode falar em país justo diante de um governo incompetente e inoperante, que bate recordes de arrecadação e não dá ao contribuinte a devida contrapartida.

Michel Temer, que diante das câmeras leu um texto típico lunático, esquece que não há dignidade popular quando a economia está de ponta-cabeça, o endividamento das famílias é inusitado e a inadimplência preocupa cada vez mais. Também não se pode falar em dignidade em um país onde dois terços da população ganham menos de dois salários mínimos, mas o governo insiste em empurrar os cidadãos ao consumismo como forma de reverter a crise.

Não se pode falar em identidade do povo brasileiro em um país onde as duas Casas do parlamento federal são presididas por políticos acusados de corrupção e o principal partido aliado ao governo faz da política um imundo balcão de negócios.

Para finalizar, é um crime falar em justeza e dignidade quando o Brasil está sob o comando de um presidente-adjunto, no caso Lula, que se envolve em seguidos casos de corrupção e alega ser um injustiçado e que de nada sabia. Considerando que nas últimas décadas o Brasil tornou-se um celeiro de duplas musicais, o ex-presidente e o atual vice poderiam formar um novo duo, Lula e Lelé.