Juízo zero – A grande sandice sobre Hugo Chávez, depois do desconexo e mentiroso artigo assinado por Lula e publicado no “The New York Times”, ficou por conta do ministro da Defesa da Venezuela, almirante Diego Molero, que diante das câmeras e microfones exaltou o caudilho, mas nos bastidores pode se rebelar a qualquer momento, pois a partir de agora receberá ordens de um civil. Molero só continuará amestrado se o próximo presidente não bulir o seu quinhão.
Molero disse que Chávez foi responsável pela segunda independência do país, a qual será defendida a todo custo. Em prova inconteste de que o chavismo produziu uma legião de desavisados que acredita em tudo, Molero foi além e afirmou que “o chefe de Estado será para sempre o comandante da nossa revolução”.
No primeiro sinal de fraqueza do próximo presidente, as Forças Armadas darão um golpe e a Venezuela voltará ao radicalismo de direita. Se for eleito e se comportar, Nicolás Maduro será apenas e tão somente um fantoche nas mãos dos militares. Contudo, se o próximo presidente venezuelano for um opositor do regime, nesse caso Henrique Capriles, não durará muito tempo no cargo, a não ser que promova uma faxina inclusive no setor militar do país sul-americano.
O povo venezuelano foi arremessado sobre uma tragédia recheada de mentiras e agora se vê obrigado a adorar um ditador que no máximo conseguiu socializar a miséria, auge da capacidade de qualquer totalitarista.
Causa indignação o fato de o almirante Diego Molero afirmar que Chávez patrocinou a segunda independência da Venezuela. Não pode ser independente um país cuja economia gravita na órbita de um só produto, o petróleo. Não pode ser independente um país que tem no maior adversário ideológico o seu maior cliente, no caso os Estados Unidos. De igual modo não pode ser independente o país que tem na banalização da miséria o maior trunfo de seus governantes.
Molero pode ter usado tais palavras para mostrar ao mundo que a Venezuela se livrou da influência norte-americana, mas isso não passa de mais uma bazófia oficial do Palácio de Miraflores, pois, começando pelos filhos do finado tiranete, o clã Chávez é fã dos Estados Unidos. Tanto é assim, que os herdeiros de Hugo Chávez sempre viajam à Terra do Tio Sam, onde torram os dólares que faltam à população venezuelana.