Última mentira da fábula de Chávez mostra que tiranete bolivariano morreu há tempo

Farsa bolivariana – A epopeia mitômana que tem Hugo Chávez como protagonista parece ter chegado ao seu capítulo final, até que seja reeditada com novas conjecturas, possivelmente milagres patrocinados por alguém que simultaneamente segurava um crucifixo e falava no diabo.

Presidente em exercício, o que não deixa de ser um golpe curto, Nicolás Maduro informou na tarde desta que o corpo de Chávez será embalsamado e na sequência exposto, em urna de vidro, por mais uma semana. Em seguida, o corpo do caudilho ficará “eternamente” exposto, “como os de Lênin e Mao Tsé-tung”, no Museu da Revolução, em Caracas.

O grande erro que os totalitaristas cometem é não combinar a mentira com antecedência, além de não se preocuparem em consultar especialistas para que tudo o que for dito pareça verdade.

Embalsamar um corpo não é procedimento simples e rápido como deu a entender o vice-presidente Nicolás Maduro. A declaração do presidente em exercício da Venezuela confirma notícia antecipada com exclusividade pelo ucho.info, que afirmou que Hugo Chávez já estava embalsamado há algumas semanas.

O embalsamamento de um cadáver deve ser iniciado logo após a constatação oficial da morte, porque depois de 36 horas o corpo entra em processo de decomposição. De acordo com Maduro, na sexta-feira (8) será realizado um funeral de Estado, ou seja, um faz de conta para que Chávez seja incensado pelos companheiros socialistas, depois de 72 horas do anúncio da morte.

Vale lembrar que um embalsamento para que o corpo fique “eternamente” em exposição demora dias, o que contradiz o cronograma anunciado por Nicolás Maduro. Esse emaranhado de mentiras está sendo usado para esconder a realidade e evitar que os opositores do regime a utilizem como ferramenta de campanha.

Hugo Chávez morreu há algumas semanas e foi embalsamado em Havana. O corpo chegou ao território venezuelano na madrugada da última terça-feira (5), vindo de Cuba. Por essa razão foram detectadas imagens de diferentes caixões como sendo o de Chávez, como informamos em matéria anterior. Enquanto a obediente e comovida população acompanhava um féretro que durou sete horas, debaixo do calor, a cúpula do Palácio de Miraflores transferia para a Academia Militar o esquife com o corpo embalsamado do líder bolivariano.

Considerando que Hugo Chávez enfrentou, em 11 de dezembro passado, uma arriscada cirurgia para tentar conter a metástase de um sarcoma e sucumbiu dias depois diante das graves complicações da intervenção – além de ter sido submetido a quimioterapia, largas doses de antibióticos extremamente fortes e teve meio metro do intestino extirpado – o governo da Venezuela deveria ter contratado um roteirista de cinema especializado em prosopopeia, pois assim a farsa seria menos vergonhosa.