Cristina Kirchner, que perdeu o controle da economia e adotou o autoritarismo revanchista, tem se valido de todas as ferramentas que surgem para ludibriar a opinião pública em relação ao caos que se instalou na Argentina. E ressuscitar a disputa pelo arquipélago foi a forma que a inquilina da Casa Rosada encontrou para salvar uma nação que enfrenta o colapso econômico.
O resultado do referendo ainda não tinha sido anunciado, mas o Senado argentino informou, na segunda-feira (11), que rechaçará a eleição ilhéu. Isso mostra que o governo de Cristina Kirchner aceita negociar com o Reino Unido, desde que as Ilhas Falkland passem a fazer parte do território argentino.
Embalada pelo ufanismo boquirroto do finado Hugo Chávez, a presidente argentina vem tentando transformar o próprio fracasso político em um processo que a transforme na nova Evita. Se até algum tempo atrás o fato de os britânicos deterem o domínio sobre as Ilhas Falkland parecia para alguns um capítulo imperialista, hoje é a garantia que os pinguins da inóspita Antártida não serão atingidos pelos ventos da tirania comunista que sopra na América do Sul.