Sob o sol do sertão, Dilma decide falar sobre economia e mostra que o PT brinca de governar

Parafuso solto – É difícil adivinhar quem mais se espantaria, se estivessem vivos, com as besteiras que brotam do governo federal: Charles de Gaulle, a quem é creditada a frase “o Brasil não é um país sério”, ou Stanislaw Ponte Preta, que criou o Festival de Besteiras que Assola o País, o “Febeapa”.

A incompetência que toma conta do Palácio do Planalto é tamanha, que possivelmente De Gaulle e Ponte Preta devem estar a gargalhar no outro lado da vida, se é que isso de fato existe.

Nesta terça-feira (12), durante vista às obras do Canal do Sertão Alagoano, a presidente Dilma Rousseff mostrou que nada entende de economia ao afirmar que o Produto Interno Bruto crescerá “porque isso é essencial” e não porque “achamos bonito falar que o PIB cresceu”.

“O Brasil está tomando uma série de medidas para melhorar a produção. Nós queremos que o Brasil cresça e quero assegurar que o Brasil vai crescer. Mas vai crescer não porque achamos bonito falar que o PIB cresceu. Vai crescer porque isso é essencial para a melhoria de vida de cada brasileiro, de cada brasileira”, declarou a economista que foi eleita para presidir o País.

Foi a primeira vez que Dilma tratou de economia desde que o IBGE anunciou, há dias, o crescimento do PIB em 2012, que ficou em 0,9%, muito aquém do que esperavam os palacianos menos ufanistas.

Nove entre dez brasileiros que não dependem das esmolas sociais do governo reconhecem que o PT conseguiu arruinar a economia. Não há quem dependa do próprio trabalho que discorde dessa tese, que o governo insiste em não admitir.

A audácia da presidente é tão impressionante, que ela não se envergonha em destacar a desoneração tributária da cesta básica como a maior solução para a crise que vem devorando a economia nacional. “A redução dos impostos da cesta é boa, é muito boa porque diminui a inflação, melhora a renda do assalariado, do trabalhador e de qualquer brasileiro porque permite que ele compre o mesmo produto por um preço menor”, disse Dilma.

Como afirmou o editor em artigo publicado nesta terça-feira, a desoneração da cesta básica – um atentado contra os direitos autorais – não passou de um ato desesperado de alguém que não sabe mais o que fazer para conter a inflação e adota medidas pontuais e atrasadas.

Dilma pode dizer o que bem entender, pois afinal o Brasil ainda é uma democracia, mesmo que teórica, mas os números da economia desmentem qualquer previsão oficial na direção da solução da crise. Com a eleição de 2014 na alça de mira, Dilma e o PT, de agora em diante, abusarão cada vez mais das inverdades.