Maluco beleza – Se existiu um crápula no mundo da política, esse foi Hugo Chávez, o caudilho bolivariano que levou a Venezuela ao atraso e ao caos social. Cada vez mais usado como ferramenta eleitoral na campanha de Nicolás Maduro, que atropelou a Constituição venezuelana e está presidente interino, o cadáver de Chávez continua sendo explorado politicamente de forma criminosa e sensacionalista.
Depois de ver a morte de seu padrinho político perder espaço na imprensa internacional, até porque não se pode velar eternamente uma múmia que está embalsamada há algumas semanas, Nicolás Maduro pegou carona na escolha do cardeal argentino Mario Jorge Bergoglio para comandar a Igreja Católica. Ao falar sobre o papa Francisco, sucessor de Bento de XVI, Maduro apelou ao absurdo e disparou: “Nós sabemos que o nosso comandante subiu até às alturas, que está em frente de Cristo. Alguma coisa influenciou para que tenha sido escolhido um Papa sul-americano, alguma mão nova chegou a Cristo e lhe disse: chegou a hora da América do Sul. Assim nos parece”.
É bom alguém informar ao tresloucado Nicolás Maduro que Cristo, por mais benevolente que seja, não abre espaço na agenda para que segura o crucifixo e age como satanás. Além de ser uma sandice do imaginário, querer creditar ao tiranete alguma influência na escolhe do papa Francisco é oportunismo de camelô.
Maduro, que deve ser eleito presidente porque tem a máquina estatal nas mãos em um país que vive sob o totalitarismo e aprendeu a jogar sujo com seu mentor político, precisa saber que Mario Bergoglio não vê com bons olhos a lufada esquerdista que sopra na América Latina. E sua eleição não foi obra do acaso, mas de uma conjunção de forças políticas que desejam salvar essa porção do continente americano da maluquice que Chávez conseguiu despejar na região.
O povo venezuelano precisa acordar e enfrentar o perigo que ronda o país sul-americano, pois do contrário a horda de criminosos que se instalou no Palácio de Miraflores há de se perpetuar no poder, violentando ainda mais a democracia e saqueando as riquezas do Estado sob a desculpa de que é preciso socializar a miséria.