Sem saída – A chegada de Manoel Dias, secretário-geral do PDT, ao Ministério do Trabalho foi antecipada pelo experiente jornalista Oscar Andrades no blog que mantém na rede mundial de computadores.
Empossado no último sábado (16), Dias substituiu o também pedetista Brizola Neto, que reassumiu o mandato de deputado federal para o qual foi eleito pelo Rio de Janeiro. Neto do ex-governador Leonel de Moura Brizola, o ex-ministro pouco fez à frente da pasta. E sua inexpressividade teve dois motivos distintos: inexperiência e economia fraca. Fora isso, Brizola Neto comandou um ministério que sequer tinha recursos para realizar as costumeiras fiscalizações em empresas de todo o País.
Manoel Dias pouco conseguirá fazer, mesmo sendo ligado ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, escorraçado do Ministério do trabalho sob a acusação de envolvimento em irregularidades contratuais com ONGs.
A atuação do novo ministro deve ser dificultada pela realidade da economia. A inflação continua fora de controle, a previsão de crescimento econômico vem caindo e a indústria nacional de transformação pretende investir, em 2013, 9,5% a menos do que valor desembolsado no ano anterior. Ou seja, será difícil gerar novos com o pessimismo do setor industrial, que não reage apesar dos quinze pacotes de estímulos lançados pelo governo.
Diante desse cenário, Manoel Dias pouco terá a fazer, exceto cumprir tabela e garantir a participação do PDT no projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff, que decidiu trocar a governança por politicagem.