Pesquisas que apontam aprovação de Dilma não podem ter “sucesso” da economia como explicação

(Foto: Pedro Ladeira - AFP)
Mal contado – O universo das pesquisas de opinião no Brasil enfrenta uma forte lufada de descrédito. Diante de uma população que beira os 200 milhões de habitantes, os institutos de pesquisa conseguem apontar um cenário político depois de entrevistar pouco mais de 2 mil pessoas, o que representa 0,001% do contingente populacional.

De acordo com o Datafolha, que ouviu 2.653 pessoas nos últimos dias 21 e 22 de março, 51% dos brasileiros acreditam na melhor da situação econômica do País nos próximos meses. No contraponto, os boletins semanais do Banco Central não mostram esse cenário de otimismo, que é periodicamente previsto pelos economistas das cem maiores instituições financeiras que atuam no Brasil.

O ufanismo cresce quando a pergunta é sobre a situação financeira individual. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados apostam na melhora da própria situação financeira nos próximos meses. No âmbito do desemprego, 31% temem o aumento do problema que assusta as famílias.

A reportagem do ucho.info saiu às ruas paulistanas na sexta-feira (22) e no sábado (23) e a extensa maioria das pessoas consultadas está preocupada com a crise econômica, que não arrefece com as medidas pontuais e inócuas adotadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff.

Durante as consultas, pessoas dos mais distintos níveis social, econômico e intelectual foram quase uníssonas ao externar preocupação com a alta generalizada dos preços dos alimentos, mesmo depois da espalhafatosa desoneração tributária dos produtos que compõem a cesta básica.

Como noticiamos na última semana, empresários do setor de alimentos já começam a jogar a toalha. Um dos interlocutores do editor do site afirmou que o Brasil não tem jeito e que a solução é fechar a empresa e mudar-se para o exterior. Opinião idêntica tem a caixa de uma loja de produtos alimentícios, para quem o País perdeu o rumo. O dono do negócio, um comerciante que sempre se destacou por sua habilidade nos negócios, está desanimado.

No setor de confecções, que tem se valido cada vez mais dos produtos importados, um disputado representante comercial que atende grandes marcas disse ao editor que o primeiro semestre já está perdido.

A mesma situação domina outros segmentos da economia. Na mais rica e importante cidade brasileira, São Paulo, a região que registra o maior índice de poder aquisitivo por metro quadrado em todo o País, os Jardins, a crise também chegou para ficar. Na Alameda Lorena, paralela à badalada Oscar Freire e que integra o quadrilátero do poder financeiro e das marcas internacionais, muitos são os pontos comerciais que estão para alugar. Até meses atrás, abrigavam negócios conhecidos e antigos.

Administradoras de cartões de credito estão preocupadas com o alto índice de inadimplência e a decisão errada dos clientes que optaram pelo crédito rotativo, cujas taxas de juro são estratosféricas e impagáveis.

A economia brasileira cambaleia à beira do precipício e não tem qualquer condição de respaldar os resultados das recentes pesquisas de opinião sobre o governo da neopetista Dilma. Por outro lado, o Datafolha é um instituto respeitado e confiável. Há algo muito mais errado no mundo das pesquisas do que imagina a vã filosofia. Por enquanto ainda é possível pagar a corrida do táxi até o aeroporto de Guarulhos, que é uma das soluções mais próximas e rápidas para quem mora na Grande São Paulo.

O PT, que continua caminhando com o salto alto da soberba, conseguiu a proeza de arruinar a economia brasileira em apenas uma década. Como disse certa feita o messiânico e fugitivo Lula, “nunca antes na história deste país”.