Marco Feliciano condiciona renúncia e derruba falso moralismo do deputado dos dólares na cueca

Drible parlamentar – Enganou-se de forma descomunal quem imaginou que Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, é um inocente que segue com ortodoxismo os dogmas da religião que abraçou. Para ingressar na seara política o cidadão não pode sequer pensar em ser um incauto.

Pressionado pelo líder do PT na Câmara, José Nobre Guimarães (CE), Feliciano disse que renuncia à presidência do colegiado se José Genoíno e João Paulo Cunha, mensaleiros condenados à prisão na Ação Penal 470, deixarem a Comissão de Constituição de Justiça, onde são membros titulares.

É importante ressaltar que, na esteira do escândalo dos dólares na cueca, o petista José Nobre não é a pessoa mais adequada para esse falso proselitismo moralista.

Independentemente da condição apresentada pelo presidente da CDHM, Marco Feliciano, José Genoíno e João Paulo Cunha não ferem o conjunto legal do País, uma vez que o deputado-pastor tem o direito constitucional de externar seu pensamento, enquanto os dois petistas ainda gozam da presunção da inocência por conta do não trânsito em julgado da sentença condenatória do Mensalão do PT.

Dessa fábula quase sem fim chega-se à conclusão que Marco Feliciano simplesmente desmontou o falso moralismo petista ao condicionar sua saída da presidência da Comissão.