Estorvo contínuo – Política é a arte da incoerência aliada ao egoísmo dos seus operadores, os quais priorizam apenas os próprios interesses, não importando os destinos da nação e as necessidades da população. Assim age o ex-governador José Serra, que continua fazendo força para atrapalhar o caminho do senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto em 2014.
Depois de perder duas vezes a corrida presidencial e ser derrotado pelo petista Fernando Haddad na eleição para a prefeitura paulistana, em 2012, Serra não olha para o futuro do País e alimenta cada vez mais o racha que reina no tucanato e fragiliza sobremaneira a oposição.
Essa postura obtusa de José Serra é conveniente ao PT, que apesar do fracasso da legenda no controle da economia vê aumentar suas chances de reeleger Dilma Rousseff a partir da briga tucana. Serra é um vaidoso mal humorado que não se conforma com a derrota e nem mesmo aceita seus índices de rejeição.
A posição de José Serra em relação a Aécio torna-se cada vez mais evidente com suas atitudes. Quando Aécio Neves esteve em São Paulo em evento do PSDB, ocasião em que sua candidatura à presidência do partido foi lançada, Serra viajou ao exterior para evitar contato com o senador mineiro. Na quinta-feira (11), José Serra deixou de participar de um evento organizado pelo PPS, em Brasília, também pelo mesmo motivo.
A cúpula do PSDB deveria apoiar a saída de Serra do partido e seguir seu caminho, mesmo que os próximos trechos fossem sinuosos. Até porque, é muito mais fácil vencer uma distância com menos peso na bagagem. E José Serra, que vem se aproximando do governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, é um peso para os tucanos. Que vá e leve a sua claque para onde quiser, pois o Brasil precisa de oposição consistente e unida, sob pena de a ditadura socialista pretendida pelo PT fincar o pé em terras verde-louras.