Pela culatra – A inadimplência do consumidor aumentou 3,6% em março, na comparação com o mês anterior, segundo o indicador da empresa de consultoria Serasa Experian. Trata-se da primeira alta mensal registrada em 2013.
No primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2012, o índice de inadimplência apresentou alta de 10,5%, a menor para o período desde 2011. Na comparação entre março deste ano e o mesmo mês de 2012, houve crescimento de 8,7% na inadimplência.
Todas as modalidades de inadimplência do consumidor apresentaram elevação no mês passado. Os cheques sem fundos tiveram o maior crescimento, de 26,4%. As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água) cresceram 2,5%. As dívidas com os bancos tiveram alta de 0,2% e os títulos protestados subiram 17,8%.
Esses números mostram que é errada a aposta do governo federal em enfrentar a crise por meio do consumo interno, estratégia que deve ser adotada pontualmente e por curto período de tempo. O cenário de inadimplência aparece mesmo depois da redução da tarifa de energia elétrica, o que em tese, no primeiro momento, permite a sobra de dinheiro no bolso do cidadão.
A situação econômica no Brasil é muito grave do que anuncia o governo, mas a ordem é enganar a opinião pública como forma de garantir a reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Para alcançar tal objetivo, os palacianos já decidiram que é melhor sangrar os cofres públicos, por meio da desoneração momentânea de alguns setores, do que perder a eleição do próximo ano. Depois de eleita, Dilma terá problemas sérios para resolver na área econômica, o que pode comprometer seriamente a competitividade eleitoral e o discurso sempre messiânico do PT. (Com informações da Agência Brasil)
