Dilma deveria sugerir à Comissão da Verdade convite ao coronel que frequentava sua casa no RS

Fala que eu te escuto – Há dias, Carlos Araújo, ex-guerrilheiro, ex-deputado estadual no Rio Grande do Sul, ex-marido da presidente Dilma Rousseff e de volta ao PDT, prestou depoimento à Comissão da Verdade, que busca um julgamento público de parte dos artífices do pior momento da história nacional.

Como sempre, a imprensa verde-loura deu larga repercussão às declarações de Araújo, que afirmou ter sido torturado no DOI-Codi, em São Paulo, na presença de empresários da Fiesp. O que levou as autoridades a concluírem que empresários paulistas teriam financiado as investigações, como se as Forças Armadas à época precisassem de ajuda financeira.

No rastro da polêmica sobrou para o atual presidente da CBF, José Maria Marin, que está no olho do furacão por discurso feito na Assembleia Legislativa paulista contra Vladimir Herzog, assassinado nos porões da plúmbea era. É importante deixar claro que o ucho.info não defende, como jamais o fará, a truculência que marcou os escaninhos da ditadura militar, até porque o editor e seu pai foram vítimas dessa sandice.

O que não se pode esquecer é que Marin foi vice-governador durante a gestão de Paulo Salim Maluf, que hoje é um aliado do Partido dos Trabalhadores, com direito a cargos para seus protegidos no governo federal e na administração paulistana.

Há anos, quando Carlos Araújo e Dilma ainda estavam casados, o pedetista gaúcho telefonou para um amigo que era oficial do Exército, convidando para um jantar, em sua casa, precedido por drinques e acepipes. O convite para o regabofe foi justificado pela necessidade de Carlos Araújo fazer um “desabafo”.

Disciplinado e respeitando a hierarquia da corporação militar, o oficial se reportou ao seu comandante, de quem recebeu autorização para ir à casa de Araújo e Dilma. Depois de alguns uísques e outros badulaques comestíveis, o velho guerrilheiro partiu para o tão esperado desabafo. Revelou o queixoso Araújo ao amigo militar que não compreendia o rumo tomado pela
esquerda brasileira, da sua dificuldade em conviver com o PT, da corrupção a que se dedicavam os petistas e outras tantas mazelas políticas…

Coronel da Reserva do Exército Brasileiro, o tal oficial, amigo de Carlos Araújo, ainda é vivo e certamente jamais será convidado para dar seu testemunho à Comissão da Verdade, que em atuação notadamente revanchista quer apenas expor parte da verdade, obviamente a que não compromete os atuais donos do poder. Uma pena para a história brasileira e para os cidadãos que merecem saber o todo, pois o coronel poderia revelar muito do que ouviu do casal guerrilheiro.

Faze-se necessário lembrar que durante o confessionário etílico-gastronômico organizado por Carlos Araújo, a atual presidente da República, à época dona de casa, quando palpitava na conversa do marido com o militar referia-se ao PT como “essa gente”.