Nicolás Maduro determina a militarização do setor elétrico por três meses

Luz de vela – O governo chavista da Venezuela, agora sob a batuta de Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (23) a militarização das instalações elétricas do país e a vigência de um decreto de emergência do sistema e dos serviços elétricos com duração de noventa dias.

O tal decreto determina que a estatal de energia Corpolec adote as medidas “técnicas e econômicas” necessárias para manter os serviços de eletricidade e autorizou as Forças Armadas a proteger importantes instalações contra “vandalismo e ataques”.

O anúncio foi feito pelo vice-presidente, Jorge Arreaza, genro do finado Hugo Chávez, que não por acaso foi escolhido para fazer dupla com Maduro, confirmando notícias do ucho.info sobre a ingerência da família do caudilho no governo da Venezuela.

O governo de Nicolás Maduro deve acelerar os trabalhos e investimentos em infraestrutura, além de importar de equipamentos necessários para evitar os apagões de energia.

Na companhia do ministro de Energia Elétrica, Jesse Chacón, e do chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), Wilmer Barrientos, o vice-presidente disse que a aplicação das medidas será “implacável” para evitar sabotagens no setor. Mais um factóide esculpido com o cinzel do sensacionalismo barato que reina no Palácio de Miraflores, cujo objetivo é “vender” à população a ideia de que a oposição intenta desestabilizar o país. Na verdade, essas medidas ufanistas confirmam a fragilidade política de um governo que foi eleito por ínfima e suspeita margem de votos.

Autoridades bolivarianas, sempre apoiadas em discursos absurdos, justificaram os blecautes periódicos com a tese da sabotagem e do consumo excessivo, mas críticos alegam que o setor de energia enfrenta sérios problemas de gestão e incompetência, algo que surgiu após Hugo Chávez estatizar as empresas do setor.

Nicolás Maduro, que venceu eleições para suceder o seu padrinho político Chávez, prometeu um governo de “eficiência” para enfrentar problemas cotidianos de falta de energia, mas diante da impossibilidade iminente de cumprir a promessa começa a apelar às sandices.