Perna curta – Mentir é a maior vocação de nove entre dez integrantes do Partido dos Trabalhadores. E os “companheiros” mergulham no exercício da mitomania com invejável devoção. Durante as comemorações do 1º de Maio, Dia do Trabalho, petistas ilustres aproveitaram a oportunidade para destilara sandices. O primeiro a abusar da verborragia foi o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que afirmou que o poder de compra do salário do trabalhador está em curva de alta.
Dizendo-se economista – um diploma universitário nada representa – Haddad não se preocupou em contrariar os números e muito menos a realidade do cotidiano. Fora de controle, a inflação está corroendo sistematicamente o salário dos trabalhadores, mas o PT precisa manter a farsa como forma de evitar que a crise econômica se alastre. O discurso do alcaide paulistano escoa pelo ralo quando consideramos a inflação real, que ao contrário dos índices oficiais, já passa a marca de 20% ao ano.
Como o PT é uma congregação de falsos profetas, a presidente Dilma Rousseff não perdeu a oportunidade e destilou inverdades com a chancela oficial. No pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, Dilma disse que o combate à inflação é “mais do que óbvio”. Essa obviedade é tão utópica, que o maior fantasma da economia continua dando seguidos dribles nos palacianos.
“Este governo vai continuar sua luta firme pela redução de impostos e pela diminuição dos custos para o produtor e consumidor, mesmo que tenha que enfrentar interesses poderosos. É mais do que óbvio que um governo que age assim e uma presidenta que pensa desta maneira não vão descuidar nunca do controle da inflação”, disse a inoperante Dilma.
“Não abandonaremos jamais os pilares da nossa política econômica, que tem por base o crescimento sustentado e a estabilidade”, completou.
A mentira é tamanha, que o governo não consegue manter a inflação no centro da meta, que é de 4,5%. Nos últimos dois anos, primeira metade da era Dilma Rousseff, a inflação oficial gravitou na órbita do teto da meta. De acordo com analistas do mercado financeiro e do Banco Central, nos próximo biênio a situação não será diferente.
Dilma está preocupada com o seu projeto de reeleição e por isso usa a mentira para induzir a opinião pública a erro. Por viver em uma democracia, pelo menos em tese, a presidente pode dizer o que bem quiser, mas não pode zombar da massa pensante nacional. Como Lula, o lobista fugitivo, se recusa a debater com o editor sobre economia, passado e futuro, o convite fica para Dilma Rousseff, desde que o encontro seja de três horas ou mais.
Para que a claque petista não diga que somos radicais e fazemos marcação implacável, Dilma poderá participar do debate com quantos assessores quiser. Prepare-se, presidente, pois o baile será de gala.