Acusado de assédio sexual e moral, cônsul brasileiro em Sidney é afastado, mas deveria ser demitido

Mão suave – Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota saiu da letargia e partiu para a ação. Após seguidas denúncias de irregularidades ocorridas no consulado brasileiro em Sidney (Austrália), as quais ganharam o noticiário através do ucho.info, Patriota decidiu remover o cônsul-geral do Brasil na capital australiana, Américo Doyett Fontenelle, acusado de assédio moral e sexual.

A portaria com a remoção de Fontenelle foi publicada na edição desta quarta-feira (8) do Diário Oficial da União. Depois de três denúncias, duas reportagens deste site e um abaixo-assinado dos funcionários do consulado, o Itamaraty abriu investigação para apurar o escândalo que já durava meses e provocou a demissão voluntária de alguns servidores, que não suportaram o clima de baixaria que se instalou na representação diplomática.

Ministro de primeira classe na carreira de diplomata, Américo Fontenelle será transferido para Brasília, onde dará expediente na Secretaria de Estado do Itamaraty. A investigação sobre mais um escárnio na diplomacia brasileira continua e está sob a responsabilidade de três embaixadores.

Se esses crimes denunciados pelos funcionários do consulado em Sidney tivessem sido cometidos na iniciativa privada, Américo Doyett Fontenelle já estaria demitido, sem direito a qualquer benefício, e respondendo a processo judicial. No seara oficial, Fontenelle deveria ser demitido a bem do serviço público, pois é inadmissível que um representante do Estado transgrida de tal forma. O que mostra a verdadeira face do Brasil socialista de Lula e sua camarilha.

Como no Itamaraty prevalecem os chamados punhos de renda, os brasileiros correm o sério risco de ver Fontenelle poupado e contemplado com algumas regalias. É uma questão de tempo, pois o imbróglio precisa cair na vala do esquecimento.