Inflação registra alta em abril e mostra incapacidade do governo do PT para debelar a crise econômica

Para cima – Dilma Rousseff tem afirmado reiteradamente que a inflação está sob controle, mas os números da economia desmentem a presidente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alcançou 0,55% em abril, contra 0,47% em março. Em abril de 2012, o IPCA foi de 0,64%. Trata-se da primeira vez em que a inflação mensal é inferior à registrada no mesmo mês do ano anterior.

Os alimentos continuam sendo os vilões da inflação, mesmo diante de um ritmo menor de alta de preços, o que mostra que a inocuidade da desoneração da cesta básica, medida meramente eleitoreira adotada por Dilma Rousseff. Em março, o grupo “alimentação e bebidas” registrou inflação de 1,14%, enquanto em abril o índice ficou em 0,96%.

A segunda maior contribuição para a alta da inflação em abril veio do grupo “despesas saúde e cuidados pessoais”, com taxa de 1,28% no mês. Os grupos “transportes” e “comunicação” ajudaram a frear o IPCA, com deflações (quedas de preços) de 0,19% e 0,32%, respectivamente.

Nos últimos doze meses, a inflação oficial acumulada é de 6,49%, ou seja, a um passo do teto da meta fixada pelo governo, que é de 6,5% ao ano. Depois de registrar um índice de 6,59% em março, o IPCA acumulado no período meses voltou a ficar ligeiramente abaixo da meta de governo.

A situação piora quando analisada a inflação acumulada em 2013, que já alcançou a cada de 2,5%, número que confirma as previsões nada animadoras dos analistas financeiros. Contundo, o mais temido fantasma da economia reforça seu viés apavorante no momento em que consideramos a inflação oficial, que já começa a ultrapassar a marca de 20% ao ano.

Juntando todas as peças desse intrincado quebra-cabeça para formar o cenário econômico do País, a situação nada tem de animadora, apesar de os palacianos afirmarem o contrário. Enquanto camuflam a realidade, os ocupantes do Palácio do Planalto insistem na tese de reverter a crise econômica por meio do consumo interno, medida que só pode ser adotada de forma pontual e por curto período.