Globo abusa do jornalismo de encomenda na tentativa de salvar a audiência da Copa das Confederações

Fio trocado – Chega a provocar náuseas o esforço da Rede Globo para manter a audiência durante a Copa das Confederações, um torneio desnecessário e que nesta edição tem servido apenas para mostrar o absurdo cometido com o dinheiro público na construção de estádios.

Afirmar que diante do Japão a seleção brasileira deu sinais de evolução é no mínimo querer tapar o sol com a peneira. O que se depreende da seleção é que há um enorme esquema funcionando nos bastidores para escalar determinados jogadores, que em condições normais não jogariam nem mesmo em time de várzea.

Na condição de detentora dos direitos de transmissão da Copa das Confederações, a Globo tem o privilégio de entrevistar com exclusividade ou antecedência jogadores e membros da comissão técnica. A mais nova sandice foi afirmar que Neymar voltou a jogar bem. Depois de abrir o placar no Estádio Mané Garricha no vácuo de uma bola ajeitada com a mão pelo atacante Fred, Neymar sucumbiu à marcação dos japoneses e sumiu dentro de campo.

O absurdo alcançou seu ápice quando a FIFA elegeu o camisa 10 da seleção brasileira como o melhor jogador em campo. Mesmo assim, a Globo e os organizadores da Copa das Confederações esperam que a repercussão do evento seja a melhor possível. Se isso de fato acontecer será uma prova da devastadora apatia do povo brasileiro diante de um jornalismo manipulado e da pior qualidade, que se esconde à sombra de efeitos tecnológicos e frases buriladas para anestesiar a opinião pública.