No vácuo das manifestações, moeda norte-americana encerra o dia perto de R$ 2,18

Sem controle – A dupla intervenção do Banco Central no mercado de câmbio foi insuficiente para conter a valorização da moeda norte-americana nesta terça-feira (18). Com alta de 0,56%, o dólar encerrou os negócios cotado a R$ 2,1782. Trata-se da maior cotação de fechamento desde 30 de abril de 2009, quando a moeda ianque alcançou a marca de R$ 2,181.

Com dois swaps cambiais, o BC tentou, sem muito sucesso, afastar a moeda dos EUA da marca de R$ 2,18. Ao longo do dia, a cotação máxima chegou a R$ 2,1861. OS investidores continuam preocupados com os seguidos equívocos da política econômica adotada pelo governo do PT e de olho na possível redução de estímulos nos Estados Unidos.

A cotação do dólar em patamares mais elevados ajuda o setor de exportações, que acaba perdendo força no gargalo criado pelo apagão da infraestrutura. No contraponto, com a moeda norte-americana em alta fica mais difícil controlar a inflação, situação que o BXC garante ter as rédeas.

Preocupante, a alta do dólar acontece um dia depois das manifestações populares que conquistaram as ruas de doze capitais brasileiras e acenderam a luz de alerta no Palácio do Planalto. No núcleo do governo de Dilma Rousseff, os assessores estão literalmente perdidos e não sabem qual caminho seguir para reverter a situação: a crise política ou a crise econômica.