Dilma sonhou com visita da seleção brasileira ao Palácio do Planalto, mas acabou ignorada pelos atletas

(Fábio Motta - Estadão)
Banco de reservas – Depois de desistir de participar da partida de encerramento da Copa das Confederações, no Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), com medo de enfrentar uma nova e ruidosa vaia, a presidente Dilma Rousseff tentou pegar carona na vitória da seleção brasileira, que derrotou a Espanha por três gols a zero.

Ao final da partida, o cerimonial da CBF divulgou no site da instituição que a seleção brasileira a ida da seleção ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (1), mas a notícia foi desmentida logo depois. Assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva informou que a convocação da seleção estava desfeita na noite de domingo (30) e que os jogadores estavam liberados.

A tentativa de assessores palacianos de conseguir uma visita dos campeões da Copa das Confederações fracassou não apenas porque muitos jogadores têm alguns poucos dias de férias pela frente, mas principalmente pelo desejo dos atletas de não serem usados politicamente em um momento em que a opinião pública está critica duramente o governo da presidente Dilma Rousseff.

Uma eventual ida da seleção ao Palácio do Planalto colocaria por terra todo o apoio da torcida à equipe durante a competição. Fora isso, alguns jogadores só não criticaram o governo na esteira dos protestos por recomendação da diretoria da CBF. Ou seja, Dilma terá de se virar sozinha para escapar do furacão político que já corroeu 27 pontos percentuais da aprovação do seu governo, de acordo com pesquisa Datafolha.