Reforçando a baderna nacional, alguns médicos do Sírio-Libanês só recebem em dinheiro

Mãos ao alto – Imaginar que o Brasil corre o risco de ser um país sério, mesmo que daqui a alguns séculos, é prova de inocência com irresponsabilidade. Quando o ucho.info afirma que o mal exemplo, vindo de cima para baixo, produz um enorme estrago na sociedade, que passa a adotar a transgressão como regra, muitos são os que nos criticam, até mesmo nos acusando de falso moralismo.

Na última década, a sensação de impunidade cresceu assustadoramente no vácuo da chegada de Lula ao poder central. No embalo do mote “deixa o homem trabalhar”, o ex-metalúrgico patrocinou os mais variados escândalos de corrupção, sem que os protagonistas fossem penalizados como manda a lei.

Para se ter ideia a que ponto chegou a falta de seriedade no País, a ousadia bandalheira agora reina no universo da medicina privada. Em São Paulo, mais precisamente no Hospital Sírio-Libanês, alguns médicos da chamada elite da medicina verde-loura não aceitam nem mesmo o melhor dos planos de saúde. Quem quiser ouvir o diagnóstico dessas estrelas da medicina tupiniquim devem colocar a mão no bolso e ficar calado.

O mais estranho que alguns desses profissionais só recebem em dinheiro. Não aceitam cheques e muito menos cartão de débito. Uma situação estranha que por certo faria a alegria do sempre faminto Leão da Receita Federal. Entre esses espertalhões da saúde, alguns não fornecem nota fiscal, no máximo um recibo que corre o risco de cair da agenda do paciente e jamais chegar à declaração de renda anualmente entregue ao Fisco.

Tem algo de podre nesse reino que não é dinamarquês e as autoridades precisam tomar providências com urgência, pois é inadmissível uma situação como essa. Na segunda-feira (5), o ucho.info acompanhou a peregrinação de um paciente que passou em vários caixas eletrônicos da região da Avenida Paulista para sacar o dinheiro necessário para pagar os honorários dos médicos que o operariam horas depois. Em qualquer país sério o camburão a da polícia já estaria à porta do hospital.