Aldo Rebelo continua sem dar explicação sobre a presença da mulher e do filho em voo da FAB

Silêncio obsequioso – Nos tempos em que fazia oposição ao governo de Fernando Henrique Cardoso, o PT exalava intransigência, apesar de abusar do deboche na maioria das vezes. Certa feita, o então ministro Ronaldo Sardenberg entrou na alça de mira petista por ter utilizado um avião da Força Aérea Brasileira para viajar com a família ao arquipélago de Fernando de Noronha, onde se hospedou no Hotel de Trânsito de Oficiais.

O ex-ministro foi absolvido de acusação de dano ao Erário Público, mas as críticas do PT foram absolutamente justas, pois as aeronaves da FAB, que pertencem ao povo brasileiro, não podem ser utilizadas a esmo e como aviões de turismo.

Confirmando que o discurso do passado era mera figura de retórica e que no poder um esquerdista tem comportamento que ultraja o de qualquer representante da direita, o PT palaciano simplesmente se calou diante do abuso cometido pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Ex-presidente da Câmara dos Deputados e cada vez mais adepto das benesses do capitalismo, o comunista Rebelo não deu explicações convincentes, assim como sequer reembolsou o erário, sobre o fato de ter viajado a Cuba dado carona à mulher e ao filho. O ministro foi a Havana em missão oficial no Carnaval passado, mas aproveitou para levar a mulher e o filho para aproveitarem o recesso momesco nos domínios do ditador Fidel Castro.

A única explicação que Aldo Rebelo deu até agora é que seus familiares foram convidados pelo governo cubano a visitar a ilha, mas os nomes da mulher e do filho não constavam da lista de autoridades que a bordo de aeronave da FAB rumaram para a ilha caribenha.

O assunto caiu no esquecimento com o devido empenho do Palácio do Planalto, que permitiu que Aldo Rebelo ficasse impune e sem devolver aos cofres da União o valor referente à viagem da mulher e do filho. Isso mostra que, como sempre acontece, nessa barafunda chamada Brasil prevalecem as teorias populares do “faça o que digo, não o que faço” e “você sabe com quem está falando?”. De todas as evidências que brotam do caso, a pior delas é que Dilma Rousseff mostra-se cada vez mais frouxa.