Muita bala, pouca agulha – Ao falar sobre a alta da moeda norte-americana, a presidente Dilma Rousseff, como é normal na seara petista, transferiu a culpa para os Estados Unidos, até porque reconhecer os erros cometidos pelo PT na condução da economia verde-loura é tido como pecado. Não obstante, a presidente disse que, para conter as oscilações do mercado de câmbio, o governo tem “bala na agulha”. Dilma fez referência às reservas internacionais brasileiras, que atualmente encontram-se na casa de US$ 350 bilhões e se forem usadas pelo governo para esse fim será o mais escárnio da era petista.
Sem se preocupar com as declarações ufanistas de Dilma, o mercado de câmbio operou em alta nesta quinta-feira (29), com o dólar encerrando os negócios cotado a R$ 2,378, avanço de 1,36% em relação à cotação de fechamento do dia anterior (R$ 2,348).
Inevitavelmente o dólar caminha para o patamar entre R$ 2,40 e R$ 2,45, o que deve ser alcançado nos próximos dias, com poucas chances de a moeda ianque voltar a ser comercializada abaixo de R$ 2,30, o que ajudaria o governo no combate à inflação, descontrolada, é bom salientar.
Crise no Oriente Médio
Diante do impasse criado no Oriente Médio no vácuo guerra civil que vem destruindo a Síria, inclusive com o uso de armas químicas por parte do governo do ditador Bashar al-Assad, a tendência é de alta do dólar no mercado financeiro global, o que deve repercutir em breve na economia brasileira. A se confirmar a tese cada vez mais provável de intervenção militar na Síria, o Banco Central terá de elevar a taxa básica de juro, como forma de conter a inflação, que ganhará força não pelo excesso de consumo, mas pela majoração dos preços dos produtos importados, principalmente dos insumos utilizados pela indústria de transformação.
O conflito na região caminha na direção da complexidade, pois nesta quinta-feira (29) o Kremlin enviou dois navios de guerra para o Mar Mediterrâneo, onde também estão as embarcações militares dos Estados Unidos. Isso só reforça a certeza de uma crise decorrente de um impasse político que ultrapassa as fronteiras sírias.
A grande questão é que por causa da instabilidade no Oriente Médio o petróleo subirá de preço no mercado internacional, devido á queda na produção, obrigando a Petrobras a desembolsar mais dinheiro para importar gasolina, vendendo o produto no mercado interno por preço subsidiado. No momento em que a contabilidade da estatal petrolífera não mais suportar as exigências obtusas do governo do PT, a inflação certamente disparará.