Silêncio conivente – Líder do PPS na Câmara doas Deputados, Rubens Bueno (PR) criticou nesta terça-feira (17) a postura frouxa da presidente Dilma Rousseff diante do escândalo de corrupção que tomou conta do Ministério do Trabalho. Na opinião do parlamentar paranaense é necessária a imediata demissão do ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), que já teve toda sua equipe envolvida no desvio milionário de dinheiro público (o montante desviado já beira R$ 800 milhões) e agora passa a ser envolvido diretamente nas denúncias.
“A presidente não quer falar sobre o assunto. Tenta se descolar das denúncias e finge que não é nada com ela. Afinal, quem foi que nomeou o Manoel Dias? Foi a presidente Dilma ou o ET de Varginha?”, questionou o líder do PPS, lembrando que a propalada faxina de Dilma no início do governo deixou muita sujeira debaixo do tapete.
Rubens Bueno lembrou ainda que o escândalo chegou à porta do Palácio do Planalto com a denúncia de que ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, teria atuado para obter aditamentos e novos repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG citada pela Polícia Federal como um dos redutos da quadrilha. Além disso, um ex-dirigente do PDT catarinense diz ter recebido salário por serviços partidários de uma entidade contratada pelo Ministério do Trabalho num esquema que teria sido montado pelo atual ministro Manoel Dias.
“A presidente Dilma vai demitir o ministro ou vai deixar a imprensa continuar investigando e revelando novas falcatruas sem tomar nenhuma atitude? A verdade é que o governo do PT não apura nada e protege os aliados flagrados desviando dinheiro público. Parece que, em troca do apoio do PDT em 2014, a presidente admite conviver com ministros acusados de irregularidades”, disse o líder do PPS.