Minirreforma eleitoral sofre revés na Câmara dos Deputados e enterro da democracia é adiado

Primeiro tropeço – “A minirreforma morreu”. Assim disse o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do grupo de trabalho criado na Câmara para discutir a reforma política, assunto que voltou à pauta do Congresso Nacional depois dos protestos de junho passado que tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras.

Vaccarezza credita que não há mais tempo para a Câmara dos Deputados votar e aprovar a minirreforma eleitoral proposta pelo Senado Federal, a tempo de as regras valerem para as eleições de 2014.

Os parlamentares tinham a expectativa de que a matéria fosse aprovada na quarta-feira (25), mas, exceto os peemedebistas, que forçaram a aprovação do projeto Senado, deputados de outras legendas da base aliada alegaram que desconhecem a proposta, o que inviabilizou um acordo entre os líderes. “Não dá para votar mais. A minirreforma morreu”, afirmou Vaccarezza.

Entre as medidas que constam da proposta de minirreforma eleitoral está uma, a mais perigosa, que coloca a democracia em risco, pois permite a doação financeira de concessionárias de serviços públicos, assim como dos donos, diretores e controladores das empresas. Com o projeto do governo petista de Dilma Rousseff de promover a privatização de diversos setores, com expectativa de arrecadação na casa de R$ 500 bilhões, o Brasil daria um largo passo na direção de uma ditadura socialista nos moldes da que corrói a vizinha e decadente Venezuela.

Por conta disso, o ucho.info deflagrou há dias uma campanha para derrubar a proposta de minirreforma eleitoral, temendo que o País entrasse em um processo semelhante ao do México, que durante sete décadas teve de conviver com o partido PRI (Partido Revolucionário Institucional) no poder. Sem contar o enriquecimento criminoso e meteórico dos donos do poder.

O fato de o prazo ser exíguo para a votação não significa que a matéria está descartada. Os políticos brasileiros sabem o que representa esse projeto em termos financeiros e não desistirão tão facilmente da ideia. É preciso que os brasileiros de bem adotem a nossa campanha e se unam para derrubar o que pode se transformar na senha para o totalitarismo tropical.

(Ilustração: Manga)