Rastilho de pólvora – O pânico voltou a rondar o PT do Paraná. De dentro da cadeia, o ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann, Eduardo Gaievski, retomou a sessão de de recados. Caso continue abandonado e sem assistência do partido pode revelar o que sabe. O pedófilo tem relatórios minuciosos sobre quanto encaminhou em “recursos não contabilizados” para as campanhas do Partido dos Trabalhadores nos dois mandatos (2005-2012) em que foi o prefeito de Realeza, cidade do Sudoeste paranaense. Para colocar mais lenha na fogueira, o monstro sabe quanto, quando e, principalmente, quem recebeu tais recursos.
Para que não lhe ocorram “mal entendidos fatais”, Gaievski avisa que qualquer “incidente” não impedirá que as informações – guardadas em lugares seguros, em mãos de pessoas de confiança – cheguem a quem de direito. O PT do Paraná, que acaba de ter seu presidente, o deputado estadual Ênio Verri, condenado por improbidade administrativa, receia entrar na campanha de 2014 mergulhado em escândalos.
Eduardo Gaievski sinaliza para revelações que remetem ao tenebroso e covarde caso do petista Celso Daniel. Como se sabe, em 2002, o então prefeito de Santo André foi morto na esteira de uma trama misteriosa que envolvia a drenagem de fundos municipais e extorsão de empresários para irrigar os cofres do Partido dos Trabalhadores e da campanha de Lula à presidência da República.
Gaievski, desde que foi preso, tem dito que não será um novo Celso Daniel. Para se proteger fará qualquer coisa, inclusive revelar o que sabe no molde “fascículos”. O que dá ao partido a oportunidade de repensar sobre o abandono imposto ao ex-braço direito da ainda ministra Gleisi Hoffmann.
Assim como no caso de Gaievski, o escândalo que culminou com a morte de Celso Daniel ainda tem detalhes guardados a sete chaves. Um cheque emitido à época por empresário de ônibus do Grande ABC ainda assusta os petistas, em especial um instalado no Palácio do Planalto.