Deputado requisita ao TCU e à Petrobras informações sobre contrato suspeito com Odebrecht

Poço de lama – Para conhecer os detalhes do contrato firmado entre a Petrobras e a construtora Odebrecht em 2010, no valor de US$ 825,6 milhões, o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), entrará nesta segunda-feira (11) com dois pedidos de informação: um endereçado ao ministério de Minas e Energia e o outro ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Do primeiro órgão, a quem está subordinada a estatal do petróleo, o deputado do PPS quer cópia do contrato que, de acordo com reportagem do “O Estado de S. Paulo”, está sendo investigado por suspeita de superfaturamento.

Do TCU, Rubens Bueno que detalhes sobre o acordo que, segundo o jornal, incluiu previsão de pagamento, na Argentina, de R$7,2 milhões pelo aluguel de três máquinas de fotocópias; R$ 3,2 milhões pelo aluguel de um terreno próprio da Petrobrás e salário mensal de pedreiro de R$ 22 mil nos Estados Unidos.

“Novamente, o país se vê diante da dilapidação daquele patrimônio que já foi orgulho dos brasileiros. É preciso fazer uma devassa não somente neste contrato, mas na contabilidade de toda a empresa que não suporta mais tanto prejuízo sob a gestão do PT”, afirmou Bueno.

Ainda conforme o Estadão, os documentos coletados apontariam indícios de direcionamento na licitação, sobrepreço e falhas contratuais que deixaram a Petrobrás desprotegida. A transação suspeita teria iniciado ainda na gestão de José Sérgio Gabrielli e continuou em vigor na administração de Graça Foster.

Após serem notificados, TCU e Ministério de Minas e Energia têm trinta dias para enviar as respostas à Câmara dos Deputados.