Acendeu a luz – Finalmente o governador Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, acordou para a realidade das denúncias sobre o cartel liderado pela Siemens, feitas pelo governo petista de Dilma Rousseff, mais precisamente pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que parece não se importar com a fraude documental que recobre o caso. É importante destacar que o ucho.info não defende a corrupção, como é de conhecimento dos leitores, mas não se pode aceitar o Estado policial implantado pelo PT no País.
Nesta quinta-feira (12), Alckmin disse ver “objetivo nitidamente político eleitoral” em parte das denúncias sobre o cartel que atuou em licitações do Metrô de São Paulo e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). O governador fez tal afirmação ao contestar a tradução da carta anônima escrita em inglês e enviada, em junho de 2008, à matriz da Siemens, na Alemanha. A empresa denunciou a existência de um suposto esquema de corrupção integrado por políticos e dirigentes de ambas as empresas.
No inquérito que investiga o caso, há uma versão traduzida para o português da mencionada carta, com um parágrafo acrescido que aponta o PSDB como o partido político envolvido no suposto esquema de corrupção. O assunto vem sendo tratado pelos integrantes do PSDB como falsificação de documento, o que não pode ser contestado por qualquer membro do governo federal ou do próprio Partido dos Trabalhadores. É sabido que o PT quer tomar de assalto o governo paulista, possivelmente o último capítulo para que a legenda entre na reta final do seu projeto totalitarista de poder.
O PSDB precisa descer do salto alto e deixar a gritaria inócua de lado, partindo para a ação. Considerando que o documento traduzido é uma fraude grosseira e escandalosa, que o governo de São Paulo acione a polícia e denuncie o ministro José Eduardo Cardozo, que nas últimas duas semanas resolveu destilar pílulas de moralidade. Cardozo esquece que o seu partido é responsável pelo período mais corrupto da história nacional, além de ter demonstrado na última década a sua inconteste vocação para o banditismo político. No momento em que as autoridades paulistas adotarem medidas firmes e legais contra o PT e o governo de Dilma Rousseff, por certo essa criminosa missa encomendada terá fim. O que não invalida o avanço de uma investigação séria.
Se o desejo do governo do PT é passar o Brasil a limpo, é preciso que o ministro da Justiça tire do armário a sua fantasia de corajoso e determina uma devassa na relação entre a Alstom e a Hidrelétrica de Itaipu. Se isso for pouco, pode estender a operação ao Metrô de Porto Alegre e ao Metrô de Salvador. Mas os petistas podem alegar que ainda é pouco. Sendo assim, que o governo exponha publicamente os meandros da negociação entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos e o Shopping Estação, em Belo Horizonte, que funciona em área da estatal à sombra de uma concessão de trinta anos. Se alguém chacoalhar o assunto pelo menos um ministério há de implodir em Brasília.
