Supremo expede mandado de prisão de Rogério Tolentino; Pedro Henry é o próximo da fila

rogerio_tolentino_01Lua quadrada – Mais um mensaleiro condenado à prisão fará companhia nas próximas horas aos que já se encontram no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Na tarde desta quinta-feira (12), o Supremo Tribunal Federal expediu mandado de prisão contra o advogado Rogério Tolentino, que trabalhou para o operador financeiro do Mensalão do PT, o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, que já se encontra preso.

Tolentino foi condenado pelo STF a 6 anos e 2 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção. O mandado de prisão foi expedido após o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, ter encerrado nesta tarde o respectivo processo, o que na esfera jurídica é conhecido como “trânsito em julgado”, quando a sentença condenatória não comporta novos recursos. Horas antes, Barbosa também finalizou o processo contra o deputado federal Pedro Henry (PP-MT), mas o mandado de prisão deve ser expedido na sexta-feira (13).

Henry foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado já anunciou que se apresentará espontaneamente à Justiça, mas é esperado que antes disso ele renuncie ao mandato parlamentar, como fizeram seus colegas de parlamento José Genoino e Valdemar Costa Neto.

Dos 25 condenados à prisão na Ação Penal 470, 16 já estão presos. As condenadas Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, e Simone Vasconcellos, ex-diretora da agência de publicidade SMP& B já foram transferidas para Minas Gerais, depois de um período prisional em Brasília, onde se apresentaram à Polícia Federal.

O STF ainda precisa decidir sobre os casos de José Genoino e Roberto Jefferson. Após uma semana de prisão na Papuda, Genoino alegou problemas de saúde e foi levado a um hospital da capital dos brasileiros. Duas equipes de médicos cardiologistas, uma indicada pelo Supremo e outra pela Câmara, avaliaram as condições de saúde do petista e descartaram a necessidade de prisão domiciliar, tese que a defesa do ex-presidente do PT insiste.

Já o petebista Roberto Jefferson, que passou por cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas, foi submetido a avaliação médica no Instituto Nacional do Câncer, que também descartou a necessidade do cumprimento da pena em prisão domiciliar. Jefferson continua em liberdade, no Rio de Janeiro, onde aguarda uma decisão do Supremo.