Torre de controle erra e piloto da Azul evita tragédia no ar, mas o PT insiste em brincar no setor aéreo

torre_viracopos_01Por um fio – Em 29 de setembro de 2006, quando um Boeing da companhia aérea Gol que fazia a rota Manaus-Rio de Janeiro despencou na Serra do Cachimbo, deixando 154 mortos, a única coisa que o então presidente Lula não precisava era um avião cheio de passageiros caindo de bico em sua campanha pela reeleição. Faltavam dois dias para o primeiro turno da corrida presidencial daquele ano e o Palácio do Planalto entrou em ação para que a tragédia não interferisse na campanha do petista, que disputava a presidência com o tucano Geraldo Alckmin.

Nas horas que sucederam o acidente, foi grande a movimentação nos bastidores para que a verdade não viesse à tona. E a saída encontrada foi culpar os pilotos do jato Legacy pela suposta colisão com o Boeing da Gol. Os pilotos do Legacy, que seguia para Nova York, cumpriram as recomendações da torre de controle do aeroporto de Brasília e acabou se envolvendo no trágico acidente, cujas verdadeiras causas até hoje são sufocadas.

Mesmo que indiretamente, a culpa foi do governo, que negligenciou em relação aos controladores de voo, cada vez mais sobrecarregados em termos de tarefas. Cada controlador de voo, à época, monitorava diversos voos simultaneamente, o que ocorre até hoje.

Culpar os controladores de voo seria um ato de covardia por causa da extenuante jornada de trabalho que enfrentam, mas não há como fechar os olhos para a verdade apenas para livrar o comandante maior de um governo incompetente, populista e corrupto, como a história recente mostra com todas as evidências.

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A situação do controle aéreo não mudou muito desde então. Nesta quando-feira (20), quando o volume de passageiros nos aeroportos brasileiros começava a crescer por conta das festas de final de ano, uma tragédia não aconteceu por muito pouco e graças à experiência do piloto da aeronave. Um avião da companhia Azul fazia o voo Viracopos-Santos Dumont, mas em dado momento, logo após deixar o aeroporto de Campinas, o piloto se viu obrigado a mudar repentinamente a rota para evitar uma colisão com outra aeronave.

Os controladores de voo que causaram o incidente foram afastados pela Força Aérea Brasileira, que instaurou inquérito para apurar as causas do que poderia ter sido uma nova tragédia no ar. O processo investigatório está a cargo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Por meio da assessoria de imprensa, a Azul afirmou que o desvio de rota do voo 5114 foi necessário porque uma segunda aeronave vinha em rota próxima à do avião da companhia aérea. Em nota, a empresa destacou que “essa é uma ação preventiva e visa conferir a segurança de suas operações”.

É bom lembrar que autoridades do governo decidiram, recentemente, encurtar a distância entre as aeronaves em voo como forma de diminuir o caos que há muito se instalou nos aeroportos do País. O PT brinca de governar há mais de uma década, como se o Brasil fosse o boteco da esquina mais próxima. Essa toada do “faz de conta” que o Palácio do Planalto tenta impor aos brasileiros ainda provocará uma tragédia, sem contar a que se instalou na economia.