Bomba-relógio – Consultados semanalmente pelo Banco Central, economistas das maiores instituições financeiras em atividade no País voltara a elevar a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (23), a estimativa para a inflação em 2013 passou de 5,70% para 5,72%. Para 2014, a projeção da inflação passou de 5,95% para 5,97%.
Os preços administrados, definidos pelo governo e que garantem de maneira artificial o controle da inflação, recuaram de 1,5% para 1,35%. A previsão para a taxa básica de juro (Selic) segue a decisão da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e permanece em 10% ao ano, salvo algum imprevisto nos últimos dias de 2013.
A expectativa do mercado financeiro em relação ao mais temido fantasma da economia não considera a inflação real, aquela que os brasileiros encontraram diariamente assim que colocam o pé fora de casa. Os preços de produtos e serviços subiram de forma absurda, enquanto o consumo recuou. Esse cenário deveria ser de preocupação, mas a compras de final de ano e o ufanismo do governo fazem com que o brasileiro não dê importância a um barril de pólvora com o pavio aceso e prestes a explodir.
Para confirmar a situação caótica que se instalou na economia nacional, legado de Luiz Inácio da Silva e sua súcia, o ucho.info foi a campo em busca de informações reais do mercado. No último sábado (20), no maior centro de distribuição de alimentos da América Latina, o Ceagesp, em São Paulo, os comerciantes estavam desanimados diante do estoque elevado e da pouca movimentação de clientes. Pode-se alegar que muitas pessoas aproveitaram o feriado prolongado de Natal, mas não se pode desconsiderar o fato de que São Paulo é a quarta maior cidade do planeta e conta com população na casa de 11 milhões de habitantes.
Em outra ponta da economia, o ucho.info consultou uma grande e conhecida rede de revenda de pneus e serviços automotivos. Em dezembro, mês que normalmente cresce o movimento por causa das viagens de festas e de férias, a procura ficou abaixo de anos anteriores. Um técnico do setor alegou que isso pode ser reflexo da enorme quantidade de carros novos que chega diariamente às ruas do País, que por conta disso não requer reparos e manutenção.
Confirmada essa hipótese, a situação é ainda mais preocupante porque a bomba-relógio deverá explodir mais adiante, quando o orçamento familiar ficar aquém dos compromissos financeiros assumidos. Em dezembro de 2008 o ucho.info alertou para esse perigo, entre tantos outros existentes na mágica receita palaciana para enfrentar a crise, mas as autoridades preferiram nos acusar de torcer contra o Brasil. Enfim…
