Inoperante, Roseana Sarney perdeu o controle da segurança dentro e fora dos presídios do Maranhão

roseana_sarney_28Retrato do caos – Roseana Sarney está sendo derrotada pelo crime organizado que impera nos presídios do Maranhão, sem que o governo até agora tenha tomado alguma atitude para impedir a selvageria que tomou conta do sistema penitenciário local.

Na quinta-feira (2), o Sistema Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, possivelmente o mais violento do estado, registrou a segunda morte em apenas doze horas. O que mostra que se nada for feito para conter essa onda de violência intramuros o saldo de homicídios cometidos contra internos do sistema prisional maranhense deve ser, em 2014, superior ao do ano passado, quando alcançou a incrível marca de sessenta mortos, de acordo com relatório do Conselho Nacional de Justiça divulgado na última semana.

A ousadia dos presos, invariavelmente ligados a facções criminosas, é tamanha que nem mesmo a presença de policiais militares na parte interna dos presídios tem inibido a ação dos marginais. Isso evidencia que o desgoverno de Roseana Sarney perdeu o controle da segurança interna do sistema penitenciário estadual, situação que exige uma imediata intervenção federal.

Muito estranhamente, o governo da presidente Dilma Rousseff vem mantendo um estranho silêncio diante do caso, pois o líder do grupo político que ainda manda Maranhão, senador José Sarney (PMDB-AP), é um dos pilares da chamada base de apoio ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional. Não custa lembrar que Sarney, na última semana, em entrevista à Rádio Mirante, de propriedade da “famigilia”, disse que era preciso comemorar o fato de a violência que domina o sistema prisional não ter chegado às cidades do Maranhão, em especial a capital São Luís.

Fosse o Maranhão governado por algum político vinculado a partido de oposição, certamente o Palácio do Planalto já teria acionado a sua gazeta de ocasião. Só não o fez até agora porque Dilma Rousseff precisa aprovar no Congresso muitas matérias de interesse do governo e que servirão como sustentáculos de sua campanha à reeleição.

Controlando a política local há cinco décadas, o que transformou o Maranhão no mais miserável estado brasileiro, a “famiglia” Sarney conseguiu instalar no estado uma versão nacional do Apartheid, regime de segregação que durante anos reinou na África do Sul.

Miséria e escambo

O descontrole do governo comandado por Roseana Sarney é tão evidente, que até mesmo nas ruas as autoridades não mais conseguem evitar crimes de todos os naipes. A situação de miséria que domina o estado nordestino é muito preocupante, pois a miséria tem empurrado muitos cidadãos ao universo do crime.

Para que o leitor consiga avaliar a extensão do caos que se espelhou pelo Maranhão, uma terra quase sem lei, há dias uma mulher foi assaltada em São Luís quando voltava do trabalho. O ladrão aproximou-se com uma faca na mão e exigiu que lhe entregasse dinheiro e celular.

Como a miséria é devastadora nos domínios dos Sarney, os criminosos menos violentos que estão à solta aceitam até mesmo negociar com a vítima. No caso em questão, a mulher abordada pelo meliante acabou dando apenas R$ 20, ficando com o restante do salário e o celular. Ao final da ação, o marginal pediu desculpas pelo crime e explicou a razão de ter agido fora da lei.

Essa situação, que não deve ser repetida por nenhum cidadão que se depara com um criminoso, reflete o fiasco em que se transformou o governo de Roseana Sarney, representante de um grupo elitista que vive de forma nababesca, como fosse um oásis de riqueza em meio ao deserto formado pela areia da miséria e da impunidade.

É preciso que o eleitor maranhense não mais se curve a esse clã que faz inveja às organizações mafiosas e faça valer a sua vontade nas eleições de outubro próximo. José Sarney et caterva precisam ser varridos cm urgência da política maranhense, antes que o estado se transforme em monumento à degradação humana.