A estudante Malak Zahwe morou em Foz do Iguaçu até os 14 anos, quando passou a viver com o pai, a madrasta e outros três irmãos em Beirute. De acordo com os familiares que vivem no Paraná, a jovem será enterrada no Líbano. Malak e a madrasta foram fazer compras e ao deixarem um restaurante foram atingidas pela bomba.
A Agência Nacional de Informação Libanesa (ANI) divulgou nos últimos meses a capital tornou-se alvo de vários ataques terroristas. Na última semana, como noticiou o ucho.info, um atentado com carro-bomba matou o conselheiro do ex-primeiro-ministro Saad Hariri, Mohammad Chatah (ex-ministro das Finanças do Líbano), adversário do Hezbollah e do regime do ditador sírio Bashar al-Assad, um dos principais responsáveis pelos atos terroristas cometidos no Líbano.
Um comunicado do Exército libanês informou que o carro usado no atentado carregava vinte quilos de explosivos, mas até agora não se tem informações sobre como o artefato foi detonado. O local onde ocorreu a explosão, repleto de lojas e restaurantes, foi reconstruído após ser devastado por Israel em 2006.
O presidente libanês Michel Suleiman disse que identificou neste atentado “a mesma mão criminosa que semeia a morte, a destruição e a criminalidade em todas as regiões do Líbano” e insistiu que se acelerem as investigações para “descobrir os autores intelectuais e materiais e conduzi-los perante a justiça”. (Com agências internacionais)
Os especialistas em Oriente Médio sabem que a Síria tornou-se a grande ameaça ao Líbano, que não consegue se livre dos grupos terroristas ligados ao clã Assad – o finado ditador Hafez al-Assad, que governou de 1971 a 2000, e seu filho e sucessor Bashar al-Assad, também tirano e sanguinário. Fora isso, nessa disputa sanguinária estão de um lado o Hezbollah e o Irã, enquanto do outro está a Al Qaeda, criada pelo terrorista saudita Osama bin Laden.
